Por Alzira Rodrigues
Apesar de o acumulado do ano ainda indicar alta de 7,8%, a produção de veículos no Brasil desacelerou nos últimos dois meses. Foram fabricadas 200,7 mil unidades em junho, queda de 6,5% sobre as 214,7 mil de maio, que já tinham sido 5,4% inferiores às 228,2 mil de abril.
No acumulado do semestre a produção chegou a 1.226.663 veículos, incluindo leves e pesados, o que representou o citado aumento de 7,8% sobre total de 1.137.881 do período de janeiro a junho do ano passado.
Para o presidente executivo da Anfavea, Igor Calvet, essa desaceleração da produção emite um sinal de atenção no setor. Reflete, basicamente, a alta maior na demanda por produtos importados, de 15,6% no ano, em detrimento da relativa aos produtos nacionais, que cresceu apenas 2,6%.
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Em paralelo à desaceleração do ritmo de produção, o setor enfrenta redução no nível de emprego. Ante quadro de 109,5 mil funcionários em março e abril, houve queda para 109,3 mil em maio e para 108,9 mil em junho.
Segundo ele, o dia útil a menos em relação a maio não justifica as quedas de 6,5% na produção, 5,7% nos emplacamentos e de 2,7% nas exportações, “além de uma alarmente redução de mais de 600 empregos diretos nos últimos dois meses”.
“Somo fabricantes nacionais e o nível de emprego é o que importa para o País”, destacou.
Ainda sobre as importações, o executivo lembra que a venda de carros chineses foi a que mais cresceu no primeiro semestre e o elevado estoque feito localmente pelas montadoras daquele país indica que os números continuarão em ascensão neste início de segundo semestre.
Fonte: AutoIndústria – Foto: Divulgação/VW