A produção de motos alcançou em março 136,3 mil unidades, o volume mais alto em um único mês desde outubro de 2014. Na comparação com fevereiro houve alta de 27,4%. O acumulado do ano já teve 327,1 mil motocicletas produzidas, o maior resultado para o período desde 2015. A comparação com iguais meses de 2021 indica aumento de 37,8%. Os números foram divulgados na terça-feira, 12, pela Abraciclo, entidade que reúne fabricantes do setor de duas rodas em Manaus (AM).
O crescimento em março foi alavancado pela líder Honda, que sozinha montou 111,4 mil motos, 31,7% a mais que em fevereiro. A vice-líder Yamaha registrou alta menor em março, 9,5%, ao fabricar 20,2 mil. A empresa enfrenta dificuldades com o abastecimento de componentes importados e a situação só deve se normalizar em junho.
“Questões como estas estão sempre presentes no nosso setor e as cadeias de transporte e abastecimento foram afetadas com a pandemia. Nos automóveis, o maior problema são os semicondutores, mas esta não é uma questão preponderante no setor de motos”, afirma o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.
Outras fábricas de Manaus anotaram altas importantes na produção de março sobre fevereiro, como BMW (1.262 unidades, +133%), Dafra (939 motos, +48%) e Kawasaki (1.124 unidades, +31%).
Exportações recuam quase 20% no trimestre
As fábricas de motos exportaram em março 3,9 mil motos, o que indica crescimento de 19% sobre fevereiro, mas os embarques em todo o trimestre somam apenas 10,6 mil unidades, indicando recuo de 19,6% na comparação como o mesmo período ano passado.
A Argentina permanece como principal cliente das motos brasileiras. O Brasil enviou ao país vizinho 3,1 mil unidades, o equivalente a 30% do volume total exportado. A Colômbia vem a seguir, com 2.024 motos e 19,2% dos embarques. Os Estados Unidos estão em terceiro, com 1.996 mil motos e 18,9% do total exportado.
Mercado interno cresce perto de 35%
O mês de março teve 110,1 mil motos emplacadas, o maior resultado mensal desde dezembro de 2021. O confronto com fevereiro indica alta acima de 45%. No trimestre já foram entregues 274,8 mil motos, alta de 33,7% sobre iguais meses do ano passado.
O presidente da Abraciclo recorda que a procura por motos cresceu muito durante a pandemia, especialmente por causa dos serviços de entrega. E as recentes altas nos combustíveis também estão levando consumidores para o setor de duas rodas. “A tendência agora é manter o ritmo de produção e atender àqueles que aguardam uma moto nova”, diz Fermanian.
Fonte: Automotive Business