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O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação de preços na saída das fábricas, registrou inflação de 1% em junho. O percentual é menor que os observados em maio deste ano (1,81%) e em junho de 2021 (1,29%).
Segundo dados divulgados hoje (28), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPP acumula inflação de 18,78% em 12 meses. No primeiro semestre, o acumulado é de 10,12%.
Quinze das 16 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE tiveram alta de preços em junho, com destaque para refino de petróleo e biocombustíveis (4,05%).
“O setor de refino foi impactado principalmente pelas variações observadas em produtos derivados do petróleo, em especial pelas altas do óleo diesel e da gasolina”, disse Murilo Alvim, analista do IBGE.
Preços de alimentos
Outra atividade com alta importante de preços foi a indústria de alimentos (1,99%). “O setor de alimentos teve seu resultado influenciado, em grande parte, pelos maiores preços do leite e dos seus derivados. O grupo de laticínios apresentou aumento de 14,91% no mês. Essa variação é justificada pelo período de entressafra do leite, junto a uma oferta já escassa por conta de questões climáticas e dos maiores custos de produção”, explicou.
Paralelamente, entre as nove atividades com deflação (queda de preços), destacam-se indústrias extrativas (-2,89%) e metalurgia (-1,50%).
Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, as maiores altas de preços em junho foram observadas nos bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (1,04%), e nos bens de consumo semi e não duráveis (1,01%).
Os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos utilizados no setor produtivo, tiveram inflação de 0,98%, enquanto os bens de consumo duráveis apresentaram a menor alta de preços: 0,48%.
Fonte: Agência Brasil – Edição: Kleber Sampaio