Por Ana Paula Machado
A Pirelli investirá R$ 200 milhões na ampliação do centro de distribuição que mantém em Campinas (SP), que agora passa a ter capacidade para estocar 800 mil unidades de pneus. O anúncio foi feito na quarta-feira, 13.
Os recursos também foram utilizados na construção de um novo laboratório de desenvolvimento na unidade, o qual está em funcionamento desde o começo do ano, informou o presidente para a América Latina, Cesar Alarco. É o maior da companhia fora da Itália.
“Trabalhamos com todas as montadoras presentes no país. Para se ter uma ideia, um a cada dois pneus de motos produzidos em Campinas são destinados às empresas do Brasil. E a cada três automóveis [produzidos no país], uma unidade sai com os nossos pneus”, disse Alarcon.
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A fabricante também anunciou na quarta-feira que recebeu, em janeiro, o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para concluir a compra de uma empresa fornecedora de borracha natural, Havea-Tec, por R$ 150 milhões.
“Ao todo vamos investir no Brasil R$ 350 milhões. Queremos fazer de Campinas o centro nevrálgico das operações da Pirelli na América Latina. Estamos integrando toda a operação: desenvolvimento, produção e logística”, afirmou o executivo.
O armazém, que tem 55 mil metros quadrados, já está em obras e deve ser inaugurado em 14 meses. Os investimentos no novo espaço foram possíveis por meio de uma parceria com o Fundo de Investimentos Galápagos, a construtora Monto Engenharia e a TZI Properties.
Novo laboratório da Pirelli mira projetos no exterior
Já o novo laboratório poderá desenvolver produtos para outros mercados, informou Alarcon. “No laboratório teremos cerca de 200 engenheiros. Vamos exportar tecnologia. Podemos desenvolver aqui, produzir os pneus e exportar, como para os Estados Unidos, como também exportar projetos.”
Aliás, segundo o executivo, a Pirelli exporta um terço de sua produção no Brasil, tendo os EUA como um dos principais mercados. “Hoje, nesta fábrica de Campinas já fabricamos pneus para a Fórmula 4, que é a segunda categoria mais importante da FIA (Federação Internacional de Automobilismo)”, disse.
Alarcon ressaltou, no entanto, as dificuldades que a empresa encontra na exportação, principalmente logísticas. “Hoje, ainda é competitivo exportar do Brasil, mas há espaço para melhora. Temos um concorrente direto, que é o México, que tem condições logísticas melhores que nós. É vizinho dos Estados Unidos.”
Fonte: Automotive Business