Consultoria Bain revela como as práticas de sustentabilidade são cada vez mais relevantes para o consumidor
A pandemia acelerou processos de digitalização e consolidação no varejo brasileiro. Ilustrado pelas grandes movimentações dos principais players do setor, movidas pela forte competição entre elas, fica cada vez mais claro que gerar melhores propostas de valor para o consumidor passa a ser cada vez mais o centro das estratégias de negócios.
Um outro aspecto importante deste valor, liderado principalmente por millennials e pós-millennials, é o movimento de busca por ações responsáveis por parte das empresas com as práticas de ESG que impactam na forma de consumir e trabalhar.
No varejo isso tem impacto direto, já que a maioria dos clientes consideram a sustentabilidade um critério importante na hora da compra. Uma análise da Bain com quase 5 mil pessoas apontou que:
12% somente compram de empresas comprometidas com o meio ambiente
42% frequentemente compram de empresas comprometidas com o meio ambiente
17% às vezes compram de empresas comprometidas com o meio ambiente
18% escolhem empresas baseado em critérios de produtos, mas às vezes compram de empresas comprometidas como meio ambiente
10% escolhem empresas baseado em critérios de produto, como preço, qualidade, entre outros.
Apesar do conceito abstrato de “fazer a coisa certa”, consumidores sabem claramente o significado de ações de sustentabilidade e responsabilidade social, e já as consideram como elemento crítico de fidelidade do cliente, conforme medido pelo Net Promoter Score.
Estes temas passam rapidamente a ser essenciais para atrair e reter talentos-chave e consumidores fiéis. A lealdade passa a depender cada vez mais da crença de que estão trabalhando ou comprando de uma empresa com uma missão mais nobre do que apenas gerar lucros trimestrais.
O que fica claro a partir dos dados é que conquistar esses consumidores com mentalidade ESG tem uma enorme vantagem. Um levantamento da Bain mostra os principais impactos positivos do ESG. São eles:
– 5 a 6 vezes mais crescimento
– 4 vezes aumento na penetração no mercado doméstico
– 3 vezes mais lealdade do consumidor
– 2 vezes mais valor de marca
– Bilhões em acesso a novos segmentos de mercado
Por isso, a consultoria mediu os aspectos mais importantes de como as práticas de ESG têm impactado o varejo:
– Os varejistas podem aproveitar a disponibilidade de capital para ESG, acessando novos investidores ou mercados (fundos), com taxas de juros potencialmente mais baixas.
– No Brasil, não há um líder claro entre os varejistas. A sustentabilidade pode se tornar a chave para a diferenciação.
– Entre todos os desafios de ESG para o varejo, seis deles podem ser tornar esse fator de diferenciação:
1. Desperdício: Eliminação segura, reciclagem, reutilização ou recuperação de materiais
2. Emissões: Reduzindo e compensando emissões, contribuindo para o efeito estufa
3. Saúde: impacto positivo dos produtos e serviços nos clientes; formulações responsáveis
4. trabalho digno: definições de padrões de contratação para empregados diretos e fornecedores, respeitando direitos humanos e com salários justos
5. Diversidade e inclusão: Práticas e cultura que promovam a diversidade dentro da empresa e além de suas fronteiras
6. Fornecimento: práticas justas para fornecedores em toda a cadeia
– Entre algumas das ações que os varejistas podem implementar, destacam-se:
1. Negociar preços justos por produtos sustentáveis
2. Incentivar comportamento sustentável de seus clientes
3. Monitorar e controlar os fornecedores
4. Desenvolver programas externos de treinamento
5. Se comprometer com metas ousadas
6. Usar / comprar energia de fontes renováveis
Informações
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Aline Merchan
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