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O dia que um caça F5 colidiu com um Fusca… há 44 anos

21/08/2024

Em 14 de agosto de 1980, dois caças F5 da força aérea Brasileira, fazem um pouso forçado na BR625, cidade de Boa Esperança, Sul de Minas Gerais

Pode parecer até história de aviador, dois jatos F-5, originais da base aérea de Santa Cruz, prefixos 4837 e 4854, voavam em missão de treinamento em território mineiro quando um deles, por falta de combustível, precisou realizar o pouso em uma estrada próxima. As razões dessa falta de combustível não foram esclarecidas, mas fato é que não havia outra solução para o piloto, Tenente-aviador José Carlos Gontijo.

Assim que o piloto percebeu que sua situação não permitia retorno a uma base de pouso segura, começou a procurar no entorno um local para poder realizar um pouso de emergência. Definido o local para pouso, o piloto começa os procedimentos para descida enquanto o outro avião envia as informações para a base, com o objetivo de facilitar o trabalho para a equipe de solo, que futuramente teria que retirar o jato dali. Já alinhado com a estrada, o piloto começa a descida quando subitamente, do meio do nada, surge um Fusca! Esse, um fusquinha, bege, vinha por uma das vias sem asfalto que davam acesso a BR que liga Boa Esperança e Santana da Vargem.

No momento que percebeu o Fusca, não dava para tentar uma manobra de arremetida, e aquela altura era impossível realizar qualquer manobra para evitar o iminente impacto entre o avião e o carro. Em questão de segundos o veículo foi atingido no teto pelo trem de pouso do avião, sentindo na seqüência a força do vento deslocado pela turbina, aterrorizando o motorista. O avião não sofreu avarias e conseguiu completar o pouso. A FAB apareceu com sua equipe de solo no dia seguinte para abastecer o avião, fazer as manutenções necessárias e colocar o F-5 para decolar dali mesmo, retornando para a base.

Mas e como acabou o Fusca? Aí vem outro fato curioso desta história. Diz a lenda que uma equipe da Força Aérea entrou em contato com o dono, buscando ressarcir os danos e, para espanto de todos, a resposta do dono foi um sonoro “NÃO”. Segundo ele, se o veículo fosse reparado, quem acreditaria na sua história?” Esse mineiro teria história para contar para o resto da vida, e se alguém falasse que era historia de mineiro, ele com certeza mostraria o fusca avariado.

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