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Novo Bolt abre a leva de carros elétricos da GM para o Brasil

29/08/2022

O segundo turno da eletrificação começou para a General Motors no Brasil. A fabricante acaba de apresentar oficialmente o novo Bolt. O hatch zero combustão foi remodelado, ganhou mais equipamentos e dá o ponto de partida em uma outra fase da estratégia de eletrificação da empresa para o mercado brasileiro.

O novo Chevrolet Bolt começa a ser vendido com preço de R$ 329 mil com pouco mais de um ano de atraso. Culpa dos casos de incêndio das baterias fornecidas pela LG – que obrigaram a GM a parar a produção até que a empresa coreana resolvesse o problema – e também da constante falta dos danados dos semicondutores.

Quem vem depois do novo Bolt

Resolvido esses problemas, o Bolt chega para abrir a porteira dos lançamentos elétricos da Chevrolet. Depois do hatch, só a carroceria que todo mundo quer: SUV. Na sequência, chegam Bolt EUV (variante crossover do modelo) e as opções EVs de Equinox e Blazer – o utilitário esportivo vendido nos EUA, que nada tem a ver com o Trailblazer nosso de cada dia.

O hatch (que tem um jeitão parrudo e um quê de monovolume) mudou bastante no desenho. Na frente, elementos geométricos no conjunto óptico, grade e para-choque foram redesenhados. As rodas de liga-leve são em dois tons e a traseira tem lanternas destacadas, com as luzes do freio em filetes posicionados na parte inferior do carro.


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Dentro, um upgrade e tanto. O acabamento no painel ficou bem melhor. A GM também mudou banco, volante e painel das portas do Bolt. O console central também foi redesenhado, principalmente porque a alavanca do câmbio automático deu lugar a comandos por botões. 

O quadro de instrumentos é o mesmo, mas a central multimídia mudou. Agora vem equipada com aplicativos nativos, como Spotify e Alexa. 

Interior do Bolt EV recebeu um upgrade e tanto

Motor, autonomia e recarga do novo Bolt

Em equipamentos, destaque para os 10 airbags e para os itens de condução semi-autônoma. O novo Bolt chega importado dos Estados Unidos com controle de cruzeiro adaptativo com detecção de colisão e frenagem automática de emergência, assistente de manutenção de faixa, sensor de ponto cego e alerta de movimentação traseira.

O motor é o mesmo de 203 cv e 36,7 kgfm de torque instantâneo. Segundo a fabricante, o 0 a 100 km/h pode ser feito em 7,3 segundos a bordo do novo Bolt. 


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O elétrico pode ter as baterias “abastecidas” em até 9h30 com o Wallbox Pulsar Plus, carregador de 7,4 kWh que é vendido por cerca de R$ 10 mil – preço aproximado em São Paulo, que inclui instalação. O produto será oferecido gratuitamente para os 40 primeiros compradores do carro.

Modelo tem 459 km de autonomia no ciclo WLTP

A autonomia chama a atenção. São 459 km pelos padrões WLTP (europeu) e 416 km pelas normas do EPA (dos Estados Unidos). Nada mal, mesmo para quem roda 60 km diariamente. Lembrando que o carregador rápido promete 40 km de alcance com apenas 1 hora na tomada.

Como é o novo Bolt ao volante

Eu dirigi o Bolt por duas voltas no circuito de cerca de 4 km do Campo de Provas de Cruz Alta, o centro de desenvolvimento da GM, localizado em Indaiatuba (SP). Dentro da cabine, o banco agrada pela densidade e formato, que acomoda bem o corpo. 

O volante tem boa pegada e a ergonomia continua satisfatória. A central multimídia é intuitiva, mas visualmente podia ser mais high-tech. O espaço para o joelho direito melhorou graças ao console central mais minimalista, agora apenas com comandos e botões, sem manopla do câmbio. 

Dada a partida, o carro mantém o acerto de suspensão mais macio e que prioriza o conforto. Isso foi logo percebido nas partes da pista de testes da montadora que simulam diferentes – e maltratados – tipos de piso. O hatch elétrico até filtra bem as imperfeições do solo, mas os reflexos na direção são imediatos.

Elétrico da GM tem suspensão que prima pelo conforto

Nas retas do circuito da GM, momento de acelerar e, como todo carro elétrico, a resposta é imediata. Anda mais com um torque instantâneo de 36,7 kgfm. O ponteiro do velocímetro sobe rápido e facilmente se passa dos 120 km/h permitidos no trecho da pista.

No setor que simula uma serra sinuosa em Cruz Alta, o hatch se comporta bem e a carroceria mostra uma construção sólida, sem (mais uma vez) comprometer o conforto. A direção, contudo, merecia uma assistência mais variável nas curvas para ser mais direta. 

Cartas na mesa

A proposta do novo Bolt está bem clara, seja em posicionamento de preço, equipamentos ou mesmo ao volante. Vai ser a porta de entrada desta nova fase de eletrificação da GM no país.

O novo Bolt chega para se posicionar não na base dos elétricos do mercado, como Renault Zoe e Fiat 500e, que são mais compactos. O carro da GM fica um pouco acima do Nissan Leaf, que custa R$ 293 mil. O modelo nipônico é pouco mais espaçoso, mas consideravelmente menos equipado. 

O Bolt tem a seu favor ser um modelo mais atualizado. E de ter o suporte de uma rede de concessionárias com mais de 500 pontos de venda em todo o país. O que pode servir de tranquilidade para aquele consumidor de carro elétrico que ainda tem muitas questões na cabeça.

Fonte: Automotive Business

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