Nissan investe no Brasil, mas só Sentra está confirmado para o país


Fontes dizem que sedã médio mexicano estreia até 2023 para fisgar 'órfãos' do Honda Civic (Por Vitor Matsubara)
Nissan investe no Brasil, mas só Sentra está confirmado para o país

Foi durante o lançamento da nova Frontier que a Nissan revelou que investirá quase R$ 1,2 bilhão (ou US$ 250 milhões) na modernização da fábrica de Resende (RJ). Porém, pouco se fala (e se sabe) sobre o cronograma de lançamentos da marca japonesa por aqui. Por enquanto, o único modelo que está de malas prontas para cá é o novo Sentra, só que importado do México.

anúncio do investimento foi feito por Ashwani Gupta, diretor operacional da Nissan. Na ocasião, a empresa disse apenas que o montante seria aplicado em produtos, sem especificar modelos nem quando realizará o aporte. A reportagem da Automotive Business, contudo, apurou que o Sentra é o único certo, por enquanto.

Sentra: de olho nos fãs do Civic

Fontes ligadas à empresa confirmaram a volta do sedã para até o ano que vem – provavelmente já com o face-lift de meia vida, uma vez que o modelo foi lançado em 2019. A revista “Autoesporte” afirma que o Sentra pode estrear entre o fim deste ano e o primeiro trimestre de 2023. Já a fabricante ainda faz mistério.

“Fiz o lançamento dele na China, participei do lançamento no México e espero fazer o mesmo aqui, pelo menos antes de me aposentar”, disse o presidente da Nissan Mercosul, Airton Cousseau.

Questionado sobre a possível vinda de um SUV médio (como o X-Trail, já “prometido” diversas vezes pela marca para cá) em vez de um sedã médio (segmento cujas vendas estão em baixa), Cousseau afirmou que “ainda existe público” para os sedãs.

Caso realmente seja lançado aqui, o Sentra deve ser posicionado em uma faixa de preço próxima a do antigo Honda Civic. A intenção, claro, é conquistar parte dos clientes do sedã rival, cuja 11ª geração será importada dos Estados Unidos em versão híbrida – e será mais cara do que seu antecessor.

O que vem por aí

Alguns meses atrás, cresceu a especulação em torno da chegada do Magnite ao país. O SUV subcompacto é feito sobre uma versão modificada da plataforma do Renault Kwid, o que viabilizaria sua produção no país.

De fato, o modelo seria uma opção interessante para a Nissan, que teria um utilitário esportivo abaixo do Kicks, hoje seu carro-chefe no Brasil e único modelo produzido localmente. 

Há também rumores da nacionalização da elogiada tecnologia e-Power. Diferente da maioria dos hibridos, o sistema e-Power usa o motor a combustão de forma estacionária, fazendo com que ele gere energia para as baterias, enquanto o motor elétrico traciona o veículo. Por atuar em uma faixa de rotação constante, o motor térmico obtém baixos índices de consumo de combustível e de emissões de poluentes.

A Nissan, inclusive, já faz testes no Brasil com um Kicks e um Note (monovolume compacto vendido na Europa) há pelo menos sete anos para ver como o sistema atua com a motorização flex.

Fonte: Automotive Business

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