As mulheres são conhecidas por serem mais cuidadosas no trânsito e isso se reflete nas estatísticas. Dados do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga-SP) revelam que as motoristas são menos propensas a provocar acidentes que resultam em mortes.
Em 2022, dos 3.361 condutores mortos em decorrência de acidentes no trânsito, 92,7% eram homens e 7,3% eram mulheres. No total de óbitor, incluindo passageiros e pedestres, esse índice chega a 82,5% de homens e 17,5% de mulheres.
Os homens são a maioria dos motoristas habilitados no país, mas a diferença é bem menor do que a proporção de vítimas. De acordo com dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), existem 77,5 milhões de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) ativas, das quais 50,3 milhões (65%) pertencem ao sexo masculino e 27,2 milhões ao feminino (35%).
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Mulheres recebem menos multas no trânsito
Outro fator que comprova a maior prudência das mulheres ao volante é o baixo índice de multas na comparação com os homens.
Segundo levantamento do aplicativo Zul+, da Estapar Estacionamentos, 79% das multas pagas na plataforma são cometidas por homens. As mulheres respondem por 21% das infrações, número abaixo, proporcionalmente, da quantidade de usuárias da plataforma (37%).
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Por outro lado, as mulheres praticamente dividem a contratação dos microsseguros, com 49% das operações. Essa função, disponibilizada pelo Zul+ apenas na cidade de Curitiba (PR), é contratada pelos motoristas após deixarem o veículo estacionado e costuma cobrir pequenos danos ou furtos de objetos deixados no interior do automóvel.
“Os números indicam que as mulheres realmente são mais prudentes ao volante. Elas se mostram mais cuidadosas com a condução dos veículos e com a prática de direção defensiva, envolvendo-se em menos acidentes, proporcionalmente aos homens”, analisa André Brunetta, diretor de Inovação e Digital da Estapar.
“Essa característica, além de contribuir para um trânsito mais seguro, se reflete, de forma geral, em valores menores na contratação de seguros”, completa o executivo.