Foram 112,6 mil unidades vendidas no período e já acumula no ano quase 630 mil emplacamentos
A venda de motos em julho foi a melhor de 2021 ao atingir 112,6 mil unidades. Este foi o maior resultado mensal desde dezembro de 2015. A média diária de emplacamentos se manteve acima das 5 mil unidades, como em junho. O acumulado do ano teve 629,9 mil motocicletas emplacadas no País, 47,7% a mais que em iguais meses de 2020. E este também é o melhor acumulado dos últimos seis anos.
Os números foram divulgados na terça-feira, 3, pela Fenabrave, que reúne as associações de concessionários. O setor de duas rodas continua impulsionado pelos serviços de entrega e conta com a ajuda do crédito. Segundo a Fenabrave, a taxa de aprovação das propostas de financiamento estaria em 48%.
“O resultado de julho só não foi melhor pela falta de produtos. Mas notamos que a demanda permanece alta e os emplacamentos continuam em plena recuperação”, afirma o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.
De acordo com a entidade, as fábricas instaladas em Manaus enfrentam dificuldades em suas linhas de montagem por falta de componentes. E julho também foi impactado por férias coletivas.
FATIA DA YAMAHA AUMENTA SOBRE HONDA
No fim de 2019, antes da chegada da pandemia ao Brasil, a Yamaha tinha uma fatia de 14% do mercado nacional de motos. Naquele ano a empresa vendeu 151,1 mil unidades, ante 853,2 mil motos da Honda, que fechou 2019 com 79,2% do mercado local. Em 2020, como consequência da pandemia de Covid-19, a Honda interrompeu sua produção por dois meses seguidos e a Yamaha, apenas um. Assim, ao fim do ano passado a vice-líder de mercado havia vendido 141,9 mil unidades e atingido 15,5% de participação. Já a Honda entregou 711,4 mil motos e viu sua fatia recuar para 77,7%.
No acumulado até julho de 2021 a Yamaha avançou ainda mais e chegou aos 18,2%, com 114,6 mil motos vendidas no período e alta de 65% sobre iguais meses de 2020. Cresceu bem mais do que o mercado total de motos. Já a Honda colocou nas ruas 475,7 mil motos nestes sete meses. Sua alta também foi importante, 42,4%, mas abaixo do crescimento do mercado, e viu sua participação recuar para 75,5%.
Esse aumento da participação da Yamaha não se deve só a fatores ligados a produção, mas também a lançamentos e renovações em sua linha de scooters e dos bons resultados de suas motos de 250 cc (Lander e Fazer).
Fonte: Automotive Business