Por Bruno de Oliveira
Se em janeiro a entidade que representa as montadoras apostava em uma produção 2,2% superior àquela registrada no ano passado, na sexta-feira, 6, o novo prognóstico divulgado aponta para um mercado flat, ou seja, igual ano de 2022.
Saíram das linhas no ano passado um total de 2,3 milhões de unidades. A Anfavea, em janeiro, esperava que o volume chegasse em dezembro em 2,4 milhões. Mas algumas questões a levaram a baixar a expectativa para 2,3 milhões novamente.
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Dentre elas é o baixo desempenho comercial do segmento de caminhões, que acabou produzindo reflexos no planejamento das montadoras para o ano. Com menos vendas, caiu o ritmo em algumas fábricas, além do consequente corte nos quadros.
Em janeiro, a Anfavea projetava uma queda de 20,4% na produção de pesados. A nova estimativa da entidade aponta para uma redução ainda maior ante o volume produzido em 2022, cerca de 34%.
No caso dos leves, as projeções indicavam no começo do ano uma produção 4,2% maior do que a do ano passado. No novo cenário projetado, o crescimento será menor, de 3,2%, somando 2,245 milhões de unidades.
As exportações, em queda, também influenciaram na revisão pra baixo da produção de veículos. Também pudera: há crises endêmicas em mercados vizinhos na região, sem contar que o veículo made in Brazil perdeu a concorrência para asiáticos em algumas regiões.
Com isso, a projeção da Anfavea, que já era de queda de 3% nos volumes embarcados em janeiro, é de uma retração de 13% ante o volume embarcado no ano passado.
Já no caso dos emplacamentos, a projeção da entidade foi revisada para cima, saltando de um crescimento de 3%, apontado em janeiro, para uma alta de 6% sobre o total emplacado no ano passado, somando 2,2 milhões de unidades.