“Qualquer associação de classe será tão forte quanto os seus membros queiram fazê-la.”

Mercedes quer 30% do segmento de vans e estuda Sprinter elétrica

10/10/2022

e-Sprinter: versão elétrica da van/furgão da Mercedes já está pronta na Europa. Só falta vir para cá

Assim como com caminhões e ônibus, o setor de veículos comerciais leves também é sensível às oscilações econômicas. Tanto que a Mercedes-Benz aposta em retomadas de setores para, pelo menos, manter a participação de seu principal modelo neste mercado, a Sprinter. Ao mesmo tempo em que observa a eletrificação do segmento.

A projeção da marca alemã é ter 30% de participação entre as vans com a Sprinter, mercado que deve encerrar 2022 com 31 mil unidades vendidas. Para 2023, a expectativa é manter esse patamar, ainda em cenário de aposta na retomada do turismo e em meio à crise no fornecimento de insumos para a cadeia automotiva.

“O mercado foi bastante afetado pela pandemia, não em volume total, mas no segmento de passageiros. A expectativa é boa para os próximos anos porque o e-commerce vai continuar no patamar que está e temos a possibilidade de volta do turismo”, ressalta Fabio Silva, gerente de Vendas da Mercedes-Benz Vans.

Ações de relacionamento

Terceira geração da Mercedes Sprinter tem equipamentos de segurança e motor mais potente

Para manter tais números, a Mercedes aproveita os 25 anos da Sprinter e promove ações de relacionamento em diferentes capitais (São Paulo, Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte, entre outras). A ideia é evidenciar os atributos da linha de comerciais leves e costurar negócios entre a rede e os clientes (frotistas, autônomos e empreendedores).

A estratégia é simples. A marca mostra recursos tecnológicos e outras novidades da gama para justificar o preço mais caro da Sprinter em relação à média do segmento. Na cartilha, as vantagens dos itens de auxílio ao motorista presentes nesta terceira geração da Sprinter desde a configuração mais básica, como controles de estabilidade e tração, frenagem automática de emergência e assistente de vento lateral.

“Trabalhamos com a rede, concessionários e equipe esta qualidade que o veículo entrega. Quando o cliente entende, ele paga um pouco mais para ter um veículo diferente e que entrega mais, pensando em todo o ciclo do produto, desde a compra até o seguro, que fica mais barato devido aos equipamentos de segurança, por exemplo”, explica Silva.

Outra atenção dada diz respeito ao novo motor OM654 para a linha de entrada de 3,5 toneladas do modelo produzido na Argentina, lançado em março. O propulsor 2.0 de quatro cilindros aumentou a potência de 143 cv para 150 cv, e o torque máximo passou de 33,7 kgfm para 34,7 kgfm nas Sprinter Truck Street 315 CDI e Furgão Street 315 CDI, com promessa de melhor eficiência energética.

“A intenção foi trazer menos poluição, caminho que todas as marcas estão seguindo, mas também trazer mais economia para nosso cliente que opera com o veículo. O novo motor tem impacto muito forte no custo operacional, é um motor muito mais potente, mas que consome menos combustível”, ressalta Aline Rapassi, gerente de Produto da Mercedes-Benz Vans.

A nova era do motor home?

Adaptações para ambulância do Samu: linha Sprinter permite mais de 80 configurações, segundo a Mercedes

Outra frente para manter as vendas aquecidas se dá nas adaptações. A Mercedes ostenta que a linha Sprinter permite mais de 80 configurações para as quatro versões disponíveis do modelo (van, furgão, furgão vidrado e chassi-cabine): de ambulâncias e reboques plataforma, até transporte escolar e food trucks. 

Segundo os executivos da marca, o uso do veículo por parte de empreendedores cresceu muito no período pandêmico. Aline Rapassi conta que são vários os exemplos de veículos que foram transformados em pet shop, salões de beleza e até lojas de roupa móveis.

“A criatividade vai longe e as possibilidades de implementar seu negócio dentro do furgão são quase que infinitas”, defende a gerente de vendas da Mercedes.

Outro nicho que chama a atenção da divisão de vans da marca alemã é o de motor homes. A Mercedes observa que há um investimento por parte de empresas na locação desse tipo de veículo, assim como o surgimento de um novo público-alvo para as “casas sobre rodas”.

“Tem um movimento novo no mercado para aquele cliente que quer um motor home menor, mais espartano, para o fim de semana”, adianta Fabio Silva.

Sprinter elétrica nos planos

Outro movimento que a Mercedes acompanha – e, pelo visto, não pode ignorar – é o da eletrificação. Marcas como Citroën, Fiat, Ford e Peugeot já trazem versões 100% elétricas de furgões consagrados do mercado. 

A Mercedes já tem variantes elétricas de sua linha de comerciais leves vendidas lá fora, mas ainda não há uma previsão de quando a e-Sprinter, a variante zero combustão do modelo, terá vez no mercado brasileiro.

“A gente sabe que a transmissão do motor a combustão para o elétrico não é simplesmente trazer o veículo. Precisa de infraestrutura, é uma tecnologia que tem um custo mais elevado”, observa Aline Rapassi.

De acordo com a executiva, é preciso aguardar um amadurecimento do mercado. “Já temos o veículo pronto, mas não conseguimos definir uma data ainda. Diferente de um carro de passeio particular, que tem uma rodagem bem menor, o veículo comercial depende de uma previsibilidade muito forte”, completa.

Fonte: Automotive Business

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