Mercado de pesados leva Iochpe-Maxion a investir R$ 100 milhões no Brasil


Aporte será aplicado na expansão da capacidade produtiva de rodas da fábrica de Cruzeiro-SP (Por Bruno de Oliveira, AB)
Mercado de pesados leva Iochpe-Maxion a investir R$ 100 milhões no Brasil

As demandas do mercado de veículos pesados levaram a Iochpe-Maxion a programar investimento de R$ 100 milhões na sua fábrica instalada em Cruzeiro (SP), onde produz rodas de aço originais para veículos deste segmento, até o final do ano. O aporte será aplicado na expansão de até 25% da capacidade produtiva da unidade. Contratações estão programadas para ocorrer no ano que vem.


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De acordo com o CEO Marcos de Oliveira, há projeções de maior volume de pedidos por parte de frotistas, principalmente aqueles que aplicam frota de caminhões nas entregas de última milha, e também por parte dos produtores agrícolas. O agronegócio, inclusive, tem representado nos últimos anos o principal drive de negócios para as montadoras que atuam no mercado de pesados.

Expectativa ainda positiva para o mercado de pesados

O executivo informou que o volume de produção de veículos pesados na América do Sul “segue positivo em 2022 sobre 2021”, sem revelar um patamar de elevação. No final do ano passado, a montadora esperava um volume 11% maior no comparativos entre os períodos. “Dados alguns fatores que afetaram a produção global, reduzimos um pouco a expectativa, embora ainda seja positiva”, disse o CEO.

Segundo dados divulgados pela companhia na segunda-feira, 30, aferidos pela consultoria IHS Markit, a produção global de veículos comerciais, desconsiderando o mercado interno chinês, será este ano 5% inferior àquela registrada no ano passado, somando 3,2 milhões de unidades. Já a produção de veículos leves, por outro lado, deverá crescer 4% na mesma base de comparação, com 81 milhões.

A respeito do mercado de leves, atendido pela companhia via produção em Limeira (SP), onde são produzidas rodas de aço, e Santo André (SP), onde são fabricadas as rodas de alumínio, a expectativa é de crescimento da demanda, ainda que exista incertezas acerca do nível e do ritmo de produção das montadoras instaladas no país.

“Os pedidos estão em carteira e as OEMs estão tentando produzir, mas estão todas limitadas por causa da falta de componentes”, contou o executivo. “Temos capacidade para atender a demanda deste segmento com o que temos hoje em operação. Não há expectativa de investimento para aumento da capacidade de produzir para o mercado de leves no curto-prazo.”

China e insumos

A empresa também divulgou, na segunda-feira, que encerrou o processo de construção da fábrica de rodas de alumínio em Wuhan, na China, em dezembro. Por ora a unidade passa por processo de ramp up das linhas de produção, uma espécie de sequência de testes e simulações de fabricação regular dos componentes.

As oscilações naquele mercado asiático, que teve de voltar a instaurar paradas de produção por causa da Covid-19, não afetou de forma relevante a operação da companhia. O que acabou provocando reflexos no desempenho da empresa foi a alta do preço dos insumos, especificamente o aço e o alumínio.

“O momento é de estabilidade de preço e também de incerteza. O preço chegou a US$ 2,8 mil dolar/tonelada no ano passado. Com o conflito na Ucrânia, subiu para US$ 4 mil, depois caiu para US$ 3 mil. Acreditamos em estabilidade ao longo deste ano, mas há cautela”, explicou Oliveira. “O aumento afetou a todos e tivemos que trabalhar com as montadoras o aumento dos custos.”

Fonte: Automotive Business

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