As rodovias ruins – e que pioraram nos últimos dois anos – têm um sinônimo para os motoristas brasileiros: prejuízo. De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada nesta quinta-feira (1º/12), 61,8% das pistas federais e estaduais são consideradas regulares, ruins ou péssimas. Esse estado de conservação das vias, apontado pelos especialistas, aumenta em média 30,9% o custo dos usuários com manutenção dos veículos.
Segundo aponta a 24ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte e pelo Sest/Senat, os condutores que rodam nos pavimentos deficientes têm mais gastos com despesas de manutenção do veículo e maior demanda do motor e de consumo de combustíveis por quilômetro rodado, entre outras despesas.
Quando se trata dos condutores que rodam em rodovias públicas (73% das quais mostraram irregularidades), o acréscimo estimado é de 35,2% nos custos operacionais. Nas rodovias privadas por concessão (44,3% com algum tipo de irregularidade), o aumento dos custos operacionais é calculado em 16%.
Pontos criticados
Entre as 61,8% das rodovias em situação regular, ruim ou péssima, 91% são públicas. O ponto mais criticado é o traçado da via, ou seja, curvas perigosas, vias simples que acabam gerando acidentes em ultrapassagens. No quesito geometria, 62,1% das vias têm algum tipo de problema. A sinalização também é ruim. Pela pesquisa, 58,9% das placas, faixas, sinais são considerados regulares, ruins ou péssimas.
Quando se trata do asfalto em si, 52,2% da extensão analisada tem problemas; 47,8% está em condição satisfatória; e 0,5% está com o pavimento totalmente destruído.
Fonte: Novo Varejo