Por Soraia Abreu Pedrozo
A última etapa do cronograma de elevação do imposto de importação para veículos eletrificados, estabelecido no fim de 2023, será iniciada na terça-feira, 1º de julho. A alíquota para elétricos passa de 18% para 25%, para híbridos plug-in de 20% para 28% e a dos híbridos de 25% para 30%. O porcentual integral, de 35%, será restabelecido em julho de 2026, apesar do pleito da Anfavea para recomposição imedata.
Dados da ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico, apontam que de janeiro a maio ingressaram no país 71,1 eletrificados importados, sendo mais da metade, 39,5 mil, da BYD, 12,2 mil da GWM, e 3,6 mil da Volvo. No mesmo período do ano passado o volume foi de 57,1 mil unidades, acréscimo de 14 mil unidades ou 24,5%.
E, mesmo com a elevação da tarifa de importação, o presidente da ABVE, Ricardo Bastos, projetou, durante o Seminário AutoData Revisão das Perspectivas 2025, realizado em 25 de junho, em São Paulo, aumento de mais de 20% nas vendas deste ano sobre 2024.
O crescimento menos vigoroso aguardado, conforme Bastos, deve-se ao fato de que os consumidores estão mais familiarizados com as tecnologias eletrificadas e que a escolha deixa de ser movida pela curiosidade apenas, e tornou-se mais consciente.
Com relação ao impacto nos preços as montadoras com maiores volumes de vendas têm se precavido com o ingresso de grandes quantidades de veículos antes da elevação da alíquota, que poderá demorar a refletir no bolso do consumidor. É o caso da BYD, que em 28 de maio desembarcou no Porto de Itajaí, SC, o navio Shenzhen com mais de 7 mil de seus carros a bordo, na maior movimentação de veículos da história.
Algumas das unidades importadas no segundo semestre ainda serão isentas de imposto, por meio das cotas estabelecidas no fim de 2023. Para híbridos as cotas remanescentes serão de US$ 43 milhões até julho de 2026, híbridos plug-in, US$ 75 milhões, e elétricos, US$ 141 milhões. E aos caminhões a bateria US$ 6 milhões.
Fonte: AutoData