Por André Barros
São Paulo – Ao apresentar os cinco modelos que marcam sua estreia no mercado brasileiro, elencado como prioritário, a GAC reafirmou sua intenção de montar localmente modelos, ainda que por meio de parcerias. Durante a visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à China, foi anunciada a ampliação do investimento para R$ 7,4 bilhões e a produção de veículos em Goiás – local não confirmado por nenhum executivo na festa de apresentação da marca, sexta-feira, 23, em São Paulo.
Wei Haigang, presidente da divisão internacional da companhia chinesa, ressaltou que apresentou o projeto a Lula e que os planos são de começar a produzir no último trimestre do ano que vem:

“Vamos produzir no quarto trimestre de 2026. O Brasil é um mercado grande, então será uma operação diferente da que temos em países como Malásia e Nigéria”, afirmou o executivo em conversa com a Agência AutoData e a AutoEsporte. A reportagem questionou o modelo de produção – nestes dois mercados a companhia monta kits SKD. “Será muito maior. Ainda estamos pesquisando, mas não seria uma má ideia ter uma parceria local”.
Durante a visita de Lula à China, segundo representantes da imprensa que acompanhavam a comitiva do presidente, foi dito que a produção seria na fábrica da HPE em Catalão, GO. Mas, equivocadamente, afirmaram que a unidade estaria fechada, o que não é verdade: está recebendo investimentos e começou a produzir um novo modelo, o Mitsubishi Outlander PHEV, recentemente.
Segundo a Agência AutoData apurou com fontes próximas à negociação a parceria com a HPE está bem próxima de ser concretizada, mas o ruído criado na visita de Lula à China fez com que o assunto fosse tratado de maneira mais reservada. A união, porém, ainda é possível.
Alex Zhou, presidente da GAC do Brasil, não quis falar sobre local de produção e também não descartou parcerias para o projeto: “Nosso objetivo é encontrar a melhor solução. Estamos avaliando diferentes projetos, porque o Brasil tem complexidade com impostos e legislação. Esperamos ter as respostas em breve, porque queremos começar a produzir no ano que vem”.

Segundo Zhou já existem conversas com fornecedores e a ideia é iniciar a operação com CKD. “Algumas peças, no entanto, serão compradas de empresas locais”, disse, sem entrar em pormenores.
Fonte: AutoData