FENAUTO emite nota de repúdio ao aumento do ICMS em São Paulo

FENAUTO emite nota de repúdio ao aumento do ICMS em São Paulo

Entidade emite comunicado rebatendo as alegações do Governo do Estado de São Paulo

A FENAUTO – Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores, entidade que representa as lojas multimarcas de veículos usados, no Brasil, vem a público contestar uma Nota enviada à imprensa nesta quinta-feira, 21, pelo Governo do Estado de São Paulo, a respeito das razões do aumento do ICMS imposto à categoria.

Pressionado pelas dezenas de manifestações pacíficas que aconteceram em várias cidades do Estado de São Paulo e, em especial, na Capital, chamando a atenção da população sobre o risco de extinção do comércio de automoveis usados, a Nota do Governo simplesmente cita que os profissionais que comercializam carros usados “se beneficiaram, por quase 3 décadas, com renúncias fiscais de até 98%, em relação à alíquota de 18%, praticada no estado”.

Trata-se, evidentemente, de uma tentativa de confundir a opinião pública e justificar o injustificável que é o brutal aumento de 207% sobre os negócios realizados com carros usados, no Estado. Esse aumento desproporcional sugerido engole 50% da margem bruta do negócio, tornando-o inviável quando se somam, também, os demais custos e impostos federais que os empreendedores têm para viabilizá-lo.

Após um período de meses de isolamento, com o comércio fechado, a economia estagnada e o desemprego aumentando, o Governador de São Paulo impõe essa decisão que simplesmente transfere mais impostos a um setor já tão que prejudicado e que ensaiava uma recuperação nos negócios e a recontratação de profissionais para o retorno à normalidade.

A FENAUTO acredita que o Governo do Estado de São Paulo deveria sim propor alternativas para o aquecimento da economia e a manutenção e geração de empregos, pois tal decisão demonstra que os políticos sempre falam em enxugar os gastos da máquina pública, mas, quando chegam ao governo e não se interessam em cortar da própria carne, repetem a velha máxima da péssima administração: penalizar o cidadão e os setores produtivos com novas e abusivas taxações.

Vale mencionar, também, a total inércia desse mesmo governo no oferecimento de programas especiais como os criados em âmbito Federal, como auxílio emergencial a vários setores, extensão de prazos de pagamento para empresas e recursos acessíveis para enfrentarem o período mais crítico da pandemia.

Em sua singela Nota à Imprensa, o Governo do Estado simplesmente esqueceu de mencionar que um veículo usado já recolhe o ICMS no momento da primeira venda, preferindo, simplesmente, taxar brutalmente um setor já tão combalido pelos efeitos da pandemia e que responde por 35% das vendas de carros no país, gera perto de 300 mil empregos diretos e indiretos e recolhe os impostos devidos.

É claro que, a se manter tal decisão, isso vai custar ao Estado de São Paulo milhares de postos de trabalho, falências de empresas e aumento de preços ao consumidor, maior informalidade nos negócios e, assim, promover a queda na arrecadação do estado mais rico da federação, podendo causar danos irreversíveis ao setor e à economia paulista.

A FENAUTO reforça que seguirá incansavelmente na defesa do setor de lojistas multimarcas e consumidores do Estado de São Paulo, aliada à outras entidades do setor que defendem essa mesma causa, buscando, se necessários, os meios legais para barrar tal absurdo.

Ilídio dos Santos
Presidente – FENAUTO

Programa EMPRESA AMIGO DO VAREJO