Por Giovanna Riato
Depois de muitas controvérsias, o pacote de incentivos do governo à venda de veículos deixa legado positivo. Ao menos segundo a Fenabrave, entidade que representa os concessionários. “O programa foi um sucesso, fez o coração voltar a bater. Agora, precisamos dar continuidade”, disse José Maurício Andreta Júnior, presidente da organização, durante coletiva de imprensa na terça-feira, 4.
A entidade trabalha nesse momento em um estudo de quais medidas poderiam compor um novo programa de apoio à indústria. Desta vez, no entanto, com efeito mais perene. Pela metáfora do executivo, depois de reavivar o coração do mercado combalido, o caminho ideal é tratar a doença e curar o problema.
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Segundo Andreta, só assim o segmento de concessionárias pode atravessar o momento de juros altos e espera por mudanças necessárias para o país, como a reforma tributária. “As lojas precisam de um volume mínimo para que permaneçam abertas e mantenham os empregos”, observa.
Novo pacote de incentivo precisa ser vantajoso para todos
O executivo é evasivo quando questionado sobre quais medidas eles devem sugerir ao governo nessa nova etapa. “Vamos fazer uma análise do que aconteceu no mercado nos últimos meses para entender quais ações poderiam ter maior impacto”, diz.
De largada, o desafio é grande. Andreta diz que a missão é chegar a um projeto vantajoso não só para as concessionárias, mas capaz de beneficiar toda a cadeia de valor. Além disso, o programa precisa ter baixo impacto ambiental, não onerar o governo e, enfim, ter foco no consumidor final.
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A Fenabrave reforçou que o pacote de R$ 700 milhões em incentivos às vendas de carros de até R$ 120 mil foi muito aproveitado pelos consumidores e, nos últimos dias, também por frotistas e locadoras. Depois que as vendas a empresas foram liberadas, após pressão tanto dessas empresas, quanto das fabricantes de veículos, os emplacamentos diários explodiram, chegando a 22 mil veículos só no dia 30 de junho.
Andreta lembra que o público corporativo acaba por renovar a frota periodicamente independentemente de condições de mercado. Já o consumidor final merece olhar mais atento, já que as condições econômicas e o crédito caro têm poder para impedir o acesso ao carro zero.
Fonte: Automotive Business
