A Volkswagen entrará na era dos híbridos em 2026. A montadora anunciou a produção de um híbrido flex (HEV) na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), que será construído sobre a plataforma MQB37, uma versão adaptada para receber o conjunto híbrido e outros sistemas, como ADAS.
Para desenvolver e produzir modelos híbridos localmente, a montadora captou R$ 2,3 bilhões no BNDES. Os recursos foram contabilizados dentro do atual ciclo de investimento que vai até 2028, o qual soma R$ 20 bilhões.
Na fábrica Anchieta são produzidos sobre a plataforma MQB os modelos Nivus, Virtus e Polo. A montadora, contudo, não revelou qual desses veículos terá uma versão híbrida.
De qualquer forma, na sexta-feira, 31, a empresa disse que todos os modelos que compõem a oferta local da companhia terão a partir de 2026 uma versão equipada com sistema híbrido, seja híbrido leve (MHEV), híbrido (HEV) ou híbrido a bateria (PHEV).
A MQB37 é a plataforma usada na sétima geração do hatch Golf, produzido na Europa. Essa plataforma é uma evolução da antiga MQB-A1, mais robusta para conceber sistema híbridos e, também, recursos como o ADAS.
Primeiro lançamento deverá ser o de um híbrido leve
No entanto, este não deve ser o primeiro modelo híbrido que a montadora vai lançar no país. Segundo o CEO Ciro Possobom, é possível que outro veículo da oferta local receba um sistema híbrido antes da produção daquele que será montado sobre a MQB37.
É possível que o primeiro lançamento de fato envolva um híbrido leve (MHEV). Possobom afirmou que a atua plataforma MQB – sobre a qual são construídos Polo, Virtus, Nivus, T-Cross e o Tera – tem a capacidade de receber o conjunto híbrido leve com alguns ajustes.
A reportagem apurou com fontes ligadas à montadora que além do HEV que será produzido na Anchieta, o Nivus também terá uma versão híbrida produzida ali, essa no caso equipada com sistema mild hybrid (MHEV), ou híbrido leve. O projeto do modelo é chamado internamente como Saga.
Híbrido com plataforma da Skoda?
O híbrido flex da Volkswagen é uma das principais bandeiras da gestão de Ciro Possobom. Em 2023, Alexander Seitz havia dito que o desenvolvimento do primeiro híbrido da marca consumiria parte dos recursos programados para o ciclo que se encerraria em 2026.
No entanto, o projeto demandou mais recursos e a empresa acabou usando parte do investimento projetado para 2028 para custear o desenvolvimento do veículo.
Naquela oportunidade, a montadora também acreditava que o seu primeiro híbrido flex seria construído sobre uma plataforma projetada pela subsidiária Skoda. Não ficou claro se esse plano ainda continua de pé ou se a montadora encontrou outra alternativa.
Fonte: Automotive Business






















