Usada como matéria-prima, o tipo de ureia é determinante para garantir a eficiência do Arla 32
Com a extinção de produção de ureia no Brasil, a importação desse material para a produção do Arla 32 (Agente Redutor Líquido de Óxidos de Nitrogênio Automotivo), tornou-se inevitável. A qualidade do produto, que é uma solução composta por uma mistura de 32,5% de ureia premium (ureia de alta pureza) e água desmineralizada, interfere diretamente na eficácia da ação do Arla-32, agente redutor de emissões de óxidos de nitrogênio (NOx). O Arla 32 é uma solução não inflamável, não tóxica, não perigosa e não explosiva e, portanto, muito segura.
A Usiquímica, pioneira na produção do Arla 32 no Brasil desde 2012 e uma das principais fabricantes, tem parceria com empresas da Rússia para o fornecimento de ureia destinada para este fim e que possui as propriedades necessárias para esta função. Desta forma, o Arla 32 da Usiquímica atende a todas as especificações necessárias para que a sua ação seja efetiva para redução dos gases.
Everton Minatti, gerente de operações responsável pela planta da Usiquímica, em Guarulhos-SP, alerta para o uso indevido de ureia fertilizante para ser aplicada como matéria-prima na produção do Arla 32, neutralizando o seu funcionamento. “Na prática, o Arla 32 com esse tipo de ureia fica sem efeito, perde a sua finalidade e o caminhão acaba aumentando os índices de poluentes, podendo ser enquadrado em crime ambiental”, revela.
Isso acontece porque a ureia é um material higroscópico que absorve umidade, quando isso ocorre o material fica empedrado. E no caso da ureia fertilizante é utilizado um aditivo (aldeído) para que o empedramento não ocorra.
Para evitar essa situação, os órgãos fiscalizadores devem rever os métodos de análise e intensificar operações.
O gerente, que faz parte da Comissão da ABNT junto ao Inmetro, destaca a importância de ações mais rigorosas no combate ao uso impróprio de ureia para fertilizantes na fabricação do Arla 32.
A Usiquímica desenvolveu um teste com reagentes para avaliar a qualidade da ureia no Arla 32, mas o processo é muito delicado, pois envolve material químico perigoso na manipulação e requer conhecimento, local e equipamentos adequados para o manuseio. O teste qualitativo é realizado por meio de colorações para detectar a quantidade de aditivos presentes na ureia e alertar os clientes e órgãos reguladores. O gerente explica que até o momento não tinha nenhum teste rápido capaz de detectar se o ARLA 32 foi produzido com ureia fertilizante ou automotiva.
O que mais preocupa, segundo Minatti, é que o consumidor fica refém da situação, sem saber se o Arla 32 que colocou no caminhão é o apropriado ou de fertilizante que não terá o efeito esperado e correndo o risco de fortes penalizações.
Os revendedores de Arla 32 são solidários na comercialização de produtos fora de especificação, podendo sofrer punições do Ibama e dos órgãos ambientais.
Sobre a Usiquímica: Indústria química com 78 anos de atuação, a Usiquímica, maior produtor de hidróxido de amônio do Brasil, possui amplo portfólio para diversas aplicações em vários segmentos, como cosméticos, agronegócio, higiene e limpeza, indústria farmacêutica, automotivo, entre outros. Iniciou a sua participação no setor automotivo, em 2012, com a fabricação do Arla 32, solução para o sistema de redução catalítica em veículos diesel que reduz emissão de poluentes, conforme exigências do Proconve P7, legislação que equivale ao Euro 5 na Europa.
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