De acordo com levantamento realizado pela FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, os emplacamentos de veículos, em setembro tiveram queda de 5,4%, na comparação com agosto. Já em relação ao mesmo mês de 2022, houve alta de quase 4,8%. Com isso, no acumulado ano, considerando janeiro a setembro, o setor registra crescimento de 12,5%, com quase todos os segmentos – à exceção de caminhões – apresentando resultado positivo sobre o acumulado do ano passado, ainda que desacelerando sobre o resultado acumulado em agosto.
“Apesar da queda em setembro, justificada pelo número menor de dias úteis, de maneira geral, o mercado demonstrou recuperação nas vendas diárias em relação a agosto. No entanto, os desafios do setor automotivo permanecem, com o crédito restrito e a diminuição do poder de compra da população ainda dificultando o acesso das pessoas a veículos novos”, analisa Andreta Jr., Presidente da FENABRAVE.
Segundo dados da entidade, a média de emplacamentos diários de automóveis e comerciais leves foi de 8.560 unidades, em agosto, contra 9.372 unidades em setembro, num aumento de quase 9,5% de um mês para o outro. “Isso mostra que o mercado está se reerguendo, em boa parte graças às vendas corporativas, mas ainda num ritmo abaixo do esperado para a escala necessária, principalmente, no varejo”, comenta Andreta Jr.
Emplacamentos em setembro e acumulado do ano
Avaliação por segmento
Projeções 2023
Considerando os últimos acontecimentos e ajustes do mercado, a FENABRAVE revisou as perspectivas dos segmentos automotivos para 2023. O Setor em geral deverá crescer 11,2% contra os 3,3% inicialmente previstos, muito em função do excelente momento vivido por motocicletas.
Acompanhe, a seguir, a evolução prevista, pela FENABRAVE, para cada segmento:
- AUTOMÓVEIS E COMERCIAIS LEVES – Em função das Medidas Provisórias, editadas pelo Governo, e do aumento das vendas corporativas, esses segmentos deverão apresentar 7,3% de crescimento este ano, contra uma expectativa inicial de aumento zero;
- CAMINHÕES – Sofrendo forte impacto da troca de tecnologia, do EURO 5 para EURO 6, associado às restrições nas linhas de crédito, o segmento de caminhões, que poderia empatar seus resultados de emplacamentos em relação ao ano passado, agora deverá retroagir entre 20% e 23% este ano;
- ÔNIBUS – Com desempenho surpreendente, devido à recuperação do setor rodoviário e de fretamento, e à velocidade e eficiência na implantação do Programa Caminho da Escola, o segmento de ônibus deverá superar os 5% de aumento previstos para os emplacamentos em 2023, passando para uma projeção de 17,7% de aumento sobre o ano passado;
- MOTOCICLETAS – Vivendo uma de suas melhores fases, em função da consolidação da mudança de comportamento do consumidor, no pós-pandemia, com o aumento do transporte individual, entregas e substituição do segundo automóvel, as motocicletas, que iniciaram o ano com uma projeção de aumento de 9%, nos emplacamentos, agora têm uma expectativa de crescimento de mais de 20% este ano. A única preocupação do segmento está relacionada aos problemas no transporte fluvial, devido à seca existente na Região Amazônica, que deve persistir até o final deste ano.
- IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS – Normalmente, acompanhando o ritmo de vendas dos caminhões, este ano, os implementos rodoviários se descolaram dos emplacamentos, e passaram de uma projeção de queda de 10%, em 2023, para um aumento de 5,8% este ano, em função da renovação da frota que não aconteceu em 2022, notadamente, ligada ao segmento de extrapesados.
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