“Qualquer associação de classe será tão forte quanto os seus membros queiram fazê-la.”

Em meio a agravamento da pandemia, otimismo dos empresários paulistas desaba

29/04/2021


Índice de confiança do empresariado do comércio volta a nível de setembro de 2020, enquanto propensão a investimentos e empregabilidade também caem

Em meio ao agravamento da pandemia de covid-19 e das consequentes incertezas econômicas, o otimismo dos empresários paulistas sofreu uma queda contundente. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) caiu 9% em abril, atingindo 89,6 pontos – menor patamar desde setembro do ano passado –, enquanto o Índice de Expansão do Comércio (IEC), que mede a propensão do empresariado a investir, registrou queda de 7,6%, saindo de 91,6 pontos, em março, para 84,6 agora, também o menor nível em sete meses.

As quedas são ainda mais expressivas na comparação com abril de 2020, quando o País tinha acabado de entrar na pandemia: no caso do ICEC, o patamar atual é 24,5% menor do que naquele mês, quando estava nos 118,7 pontos, enquanto o IEC encolheu 21% (marcava 107 pontos à época).

Para a Federação, os números refletem um momento crítico em que as empresas estão refazendo os planos para o longo do ano.

Os três indicadores que compõem o ICEC sofreram forte queda em abril: o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), que pergunta ao empresariado sobre a situação momentânea em relação à economia, saiu dos 67,9 pontos para os 60,9 agora – retração de 10,3%. Na comparação com abril de 2020, o número é de -39,6%.

O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), por sua vez, caiu 10,6%, pulando dos 140,2 pontos em março para 125,4 agora – o menor desempenho desde setembro passado. A pesquisa ainda mostra que os empresários estão cautelosos quanto aos investimentos: depois de cair 4% em fevereiro, o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), que questiona os entrevistados sobre o quanto eles estão dispostos a investir nos negócios, retraiu 5,4% agora, fechando abril com 82,5 pontos. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a diminuição é da ordem dos 18,2%.

Para a FecomercioSP, trata-se de outro sinal inequívoco de que as empresas estão evitando investir no cenário atual. De fato, períodos incertos exigem que estímulos à solidez dos negócios, seja por meio da administração mais próxima do fluxo de caixa ou de um debruçamento sobre o desempenho econômico.

Investimentos e empregos paralisam
A queda expressiva do Índice de Expansão do Comércio (IEC) foi puxada pelas retrações das duas variáveis que o compõem: a de Expectativas para Contratação de Funcionários (ECF), diretamente relacionada com a empregabilidade das empresas, caiu 8% – de 115,5 para 106,2 pontos agora. O Nível de Investimento (NIE) dos negócios, por sua vez, retrocedeu 7%: de 67,7 pontos, em março, para 63, em abril.

Na comparação com abril de 2020, esta variável registra uma queda significativa de 32,3% agora.

No entendimento da Federação, os resultados negativos apresentam um contexto de deterioração das expectativas dos empresários e dos consumidores, em que qualquer investimento esbarra na imprevisibilidade da situação do País.

O Índice de Estoques (IE) também teve a primeira queda em 2021: -2,1%, passando de 102,9 pontos, em março, para 100,7, em abril. Estes dados mostram que há mais inadequação dos estoques, segundo os próprios empresários.

PRINCIPAIS NÚMEROS DOS INDICADORES EM ABRIL

Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC)

PontuaçãoVariação (mar/abr)Variação (abr/20 – abr/21)
89,6-9%-24,5%

Índice de Expansão do Comércio (IEC)

PontuaçãoVariação (mar/abr)Variação (abr/20 – abr/21)
84,6-7,6%-21%

Índice de Estoques (IE)

PontuaçãoVariação (mar/abr)Variação (abr/20 – abr/21)
100,7-2,1%-15,3%

Notas metodológicas

ICEC
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla a percepção do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que, por sua vez, pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, contudo sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.

IEC
O Índice de Expansão do Comércio (IEC) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. Apesar desta pesquisa também se referir ao município de São Paulo, sua base amostral abarca a região metropolitana.

IE
O Índice de Estoque (IE) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques: “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo). Como nos dois índices anteriores, a pesquisa se concentra no município de São Paulo, entretanto sua base amostral considera a região metropolitana.

Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.

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