Exportações voltam a crescer em outubro após queda de setembro
A balança comercial da indústria de autopeças registrou déficit 39% menor no acumulado de dez meses em outubro, ao fechar o período com saldo negativo de US$ 2,3 bilhões, de acordo com os dados mais recentes divulgados pelo Sindipeças. O principal motivo foi a forte queda de 31,4% nas importações, que somaram US$ 6,7 bilhões de janeiro a outubro, contra os US$ 9,78 bilhões registrados em iguais meses de 2019. Já as exportações tiveram queda menor, de 26,5%, ao somar US$ 4,39 bilhões no período.
No comparativo mensal, as exportações voltaram a crescer em outubro, com resultado 15% acima de setembro, quando o setor havia registrado queda dos embarques.
Mas é na análise anual que o balanço mostra como está o desempenho geral do setor: mais uma vez, houve quedas importantes das exportações para a maior parte dos principais mercados, como a Argentina, principal destino das autopeças brasileiras e cuja retração foi de 26,6% no acumulado de janeiro a outubro. Neste período, os embarques representaram um valor FOB de US$ 916,7 milhões – no ano passado, em mesmo período, este valor foi de US$ 1,4 bi. O país vizinho respondeu por 20,8% de tudo o que o Brasil exportou em componentes este ano até outubro.
Outros países, como Estados Unidos e México, também diminuíram seu consumo de peças feitas no Brasil, com valores 34,1% e 26% menores, respectivamente. Para a Alemanha, a queda foi de 28,2%.
Já as importações brasileiras continuam tendo a China como maior fonte: o país responde por 17,3% do total de peças importadas ao Brasil entre janeiro e outubro deste ano, o que em valores significou o equivalente a US$ 1,15 bilhão. O valor representa queda de 20,4% quando comparado com as importações de mesmo período de 2019, parte do resultado reflexo dos impactos da pandemia de coronavírus.
Também foram fortes as quedas das importações de Alemanha e Estados Unidos, segundo e terceiro maiores exportadores de peças para o Brasil, respectivamente. Em valores, o Brasil importou 44,8% e 28,8% a menos dos dois países no acumulado de dez meses: as autopeças alemãs respondem por 10,5% das importações, enquanto as peças norte-americanas são 10,3% do total.
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