As vendas no varejo nacional cresceram 0,6% na passagem de janeiro para fevereiro, segundo o indicador antecedente de Movimento do Comércio da Boa Vista. O resultado interrompeu uma sequência de cinco quedas consecutivas na variação mensal.
Mas, segundo o birô de crédito, isso não significa que o cenário melhorou, tanto que na comparação dos trimestres móveis findos em fevereiro e novembro, respectivamente, o número aponta queda, no caso, de 1,9%.
Quando analisados os resultados da série original, houve retração de 1,6% na comparação interanual, mas o resultado acumulado em 12 meses, que passou para o campo positivo em janeiro, praticamente “andou de lado” e agora marca estabilidade (0,0%).
“A alta observada no mês de fevereiro reflete, em parte, um alívio em relação ao receio gerado um mês antes devido ao aumento no número de casos de covid-19 e do surto de gripe”, analisa a Boa Vista.
Contudo, esse alívio, de acordo com o birô de crédito, deve se dissipar rapidamente. “Isso porque os efeitos do conflito entre Rússia e Ucrânia já devem ser sentidos no mês de março.”
Para a Boa Vista, o varejo esbarra num cenário econômico complicado, no qual a inflação e os juros mais altos, bem como um eventual retrocesso no mercado de trabalho, devem impedir que o setor cresça de forma significativa.
Fonte: Diário do Comércio – IMAGEM: Thinkstock