O Índice Nacional de Confiança (INC), divulgado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para medir o humor dos consumidores brasileiros, caiu 2% na passagem de fevereiro para março, acumulando o terceiro recuo mensal seguido.
Com a queda, o indicador passou a registrar 97 pontos, o que o coloca em patamar considerado negativo. Vale destacar que o INC varia de zero a 200 pontos, sendo que pontuações abaixo de 100 denotam pessimismo dos consumidores.
Na comparação com março de 2024, o indicador da ACSP também recuou 2%. Para chegar aos resultados, foi realizada sondagem envolvendo 1.679 famílias, em nível nacional, residentes em capitais e cidades do interior.
Para Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, “os sinais de desaquecimento da economia, evidenciados pela queda na geração de empregos, aliados à aceleração da inflação em meio a um cenário de alto endividamento das famílias e juros elevados, fazem o consumidor adotar uma postura mais cautelosa em suas decisões de compra.”
Por região, apenas na Nordeste houve aumento da confiança. No caso das classes socioeconômicas, foi verificado recuo na AB e na C, e aumento para a DE.
Segundo a ACSP, em março, a percepção dos consumidores a respeito das finanças pessoais continuou a deteriorar. O mesmo ocorreu para a renda e emprego.
Essa piora resultou em diminuição da disposição do consumidor em comprar itens de maior valor, como carro e casa, ainda que a intenção de adquirir bens duráveis, como geladeira e fogão, tenha mostrado estabilidade. Por sua vez, a propensão para realizar investimento mostrou leve aumento.
Fonte: Diário do Comércio – Imagem: Paulo Pampolin/DC