O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP), elaborado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), avançou 1,9% em setembro, aos 106 pontos. Na comparação com setembro de 2022, a alta foi de 11,6%.
Foi a segunda alta consecutiva na variação mensal do indicador, interrompendo uma sequência de quedas na confiança do consumidor iniciada em março de 2023.
O indicador de confiança da ACSP varia de zero a 200 pontos, sendo positivos os registros acima dos 100 pontos.
Na composição do índice, a percepção atual das famílias em relação às finanças pessoais e ao emprego, assim como as expectativas sobre a economia brasileira, estão positivas.
Essa melhora generalizada da confiança refletiu na maior disposição do consumidor em comprar itens de maior valor, tais como carro e casa, e na proporção de entrevistados que manifestaram interesse em adquirir bens duráveis como geladeira e fogão, além de reservar recursos para investir.
No recorte por classes socioeconômicas, o resultado foi misto, registrando aumento da confiança das famílias residentes no Estado de São Paulo pertencentes às classes AB e C, e diminuição para as da classe DE.
CIDADE DE SÃO PAULO
Já o Índice de Confiança do Consumidor da Cidade de São Paulo (ICCSP) alcançou 104 pontos em setembro, alta de 5,1% na comparação com agosto e de 14,3% ante setembro do ano passado. Também foi o segundo aumento consecutivo do indicador.
Assim como ocorreu no Estado, as percepções positivas com relação às finanças pessoais, ao emprego e à renda levaram a maioria dos entrevistados a manifestar interesse em comprar bens de maior valor, bens duráveis, além de investir.
Na distribuição por classes socioeconômicas na capital paulista, houve avanço da confiança para as classes AB e C e recuo para a classe DE, repetindo o padrão observado para o Estado.
De acordo com o economista do Instituto Gastão Vidigal da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, os resultados do ICCP e do ICCSP de setembro mostraram aumentos em termos mensais, com melhoras relativas das percepções positivas em relação às situações de renda e emprego atuais e futuras.
“A evolução relativamente mais favorável da confiança das famílias paulistanas e paulistas pode ser explicada pelos impactos positivos do crescimento da ocupação, do aumento da renda das famílias e da perspectiva de continuidade da redução dos juros, num contexto de desaceleração da inflação”, diz o economista.
Fonte: Diário do Comércio – Imagem: Freepik