Com Selic a 13,25%, Brasil mantém liderança em ranking de maiores juros reais

Estudo analisou os juros reais das 40 principais economias do mundo e Brasil configura o primeiro lugar
Com Selic a 13,25%, Brasil mantém liderança em ranking de maiores juros reais
PEXELS

Na última quarta-feira (15), o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu sobre o novo valor da taxa básica de juros do país, a taxa Selic, que sofreu um aumento de 0,5 ponto percentual, alcançando 13,25% ao ano.

Com o reajuste, o Brasil conseguiu manter o primeiro lugar no ranking que analisa os maiores juros reais entre 40 países.

O levantamento feito pela Infinity Asset analisou os maiores juros reais dentre as principais economias do mundo, e confirmou a manutenção do país em primeiro lugar, conquistado em maio deste ano quando a Selic atingiu 12,75% ao ano, ultrapassando a Rússia.

Junto com o Brasil, México, Indonésia, Colômbia e Chile configuram os cinco primeiros lugares da lista de piores juros do mundo.

De acordo com a pesquisa, a taxa de juros real do país, calculada pela subtração da taxa de juros nominal pela projeção da inflação para os próximos 12 meses, alcançou 8,10% em junho, ante 6,69% no mês passado.

Analisando apenas a taxa de juros nominal, determinada pelos bancos centrais dos países, o Brasil subiu de quarto para terceiro lugar, atrás apenas da Argentina e Turquia.

O ranking também lista os países com os menores juros nominais, destacando a Dinamarca, Suíça e Japão.

Impacto da elevação da Selic na prática

A elevação da taxa Selic ajuda a controlar a inflação, isso porque juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia.

Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

A meta da inflação a ser alcançada pelo BC em 2022, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, podendo variar então entre 2% e 5%. 

Apesar da meta, o próprio órgão acredita que o teto será ultrapassado também neste ano.

Fonte: Portal Contábeis – Publicado por IZABELLA MIRANDA, Jornalista

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