Por Alzira Rodrigues
Conforme já havia antecipado a própria Fenabrave ao divulgar balanço da primeira quinzena do mês, as vendas de caminhões despencaram em agosto.
Houve queda em todos os comparativos, incluindo a de 15,7% em agosto sobre julho, com, respectivamente, 8.805 e 10.448 emplacamentos (veja tabela abaixo).
Em relação ao mesmo mês de 2024 o recuo é ainda maior, de 21,7%, e esse mercado, que vinha em alta no primeiro semestre, agora registra decréscimo de 6,6% no acumulado dos oito meses, com 72,267 licencimentos este ano, ante os 77.403 do mesmo período do ano passado.
Ao comentar sobre a queda acentuada de agosto após um início de ano com resultados positivos, o presidente da Anfavea, Arcelio Junior, atribuiu o desempenho negativo do mês aos juros altos vigentes no País.
“O crédito segue caro e as empresas continuam seletivas nos investimentos. O agronegócio não favorece esse segmento, que reage quando as condições melhoram, mas estão enfrentando desafios importantes neste ano”, comentou o empresário.
Também os implementos rodoviários desaceleraram em agosto. A venda de 5.642 unidades representou queda de 10% sobre julho e de 26,6% sobre o oitavo mês de 2024. No ano, o recuo é de 20,7%, com 47.761 implementos negociados este ano.
“A volatilidade permanece, refletindo menor ritmo de renovação de frota e a desaceleração de setores importantes, como o agro”, observou o presidente da Fenabrave.
Ônibus também em baixa
Com pouco mais de duas mil unidades emplacadas em agosto, também o segmento de ônibus desacelerou no mercado brasileiro. O recuo é de 25,4% no comparativo mensal e de 28,8% sobre o mesmo mês de 2024. No ano, contudo, verifica-se alta de 10%, de 17,2 mil para 18,9 mil unidades.
“O acumulado positivo mostra retomada gradual em linhas urbanas e de fretamento, mas a redução do ritmo de crescimento, em função das vendas já realizadas do Programa Caminho da Escola, era previsível”, disse o presidente da Fenabrave.

Fonte: AutoIndústria – Foto: Pixabay