“Qualquer associação de classe será tão forte quanto os seus membros queiram fazê-la.”

CNC espera resultado positivo para o final do ano

08/11/2022

O volume de vendas do comércio varejista brasileiro recuou 0,1% em agosto, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE. Essa foi a terceira queda consecutiva, fazendo com que a CNC revisasse de +1,3% para +1,2% a expectativa de crescimento das vendas para 2022. 

Para os próximos meses, as interrupções do fluxo rodoviário desde o dia 31 de outubro podem afetar a atividade comercial em todo o país. O impacto será ditado pela extensão e duração desse evento.

Ainda assim, a CNC estima que R$ 1,5 bilhão deverão ser movimentados no varejo nos próximos meses somente por conta da copa do mundo, que ocorrerá em novembro e dezembro. A maior receita de vendas é esperada para móveis e eletrodomésticos, que deverão responder por 34% do faturamento do comércio no período (R$ 535 milhões). 

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela CNC, cresceu 2,1% no resultado de outubro. O índice registrou o 9º aumento consecutivo, impulsionado pela combinação de deflação com crescimento do emprego formal, das transferências de renda, e da contratação de crédito.

Em vista da melhora do consumo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) também registrou aumento em outubro (0,7%) após dois meses de queda. A alta levou o otimismo dos varejistas a superar em 1% o nível de antes da pandemia (março de 2020), indicando superação dos efeitos negativos da crise.

Em relação às vendas do Natal, a expectativa da CNC é de aumento de 2,1% em relação ao ano passado. A contratação estimada é de 109,4 mil trabalhadores temporários para atender o aumento da atividade na principal data comemorativa do varejo. Os ramos de hiper e supermercados (45,53 mil vagas) e de vestuário (25,88 mil) devem concentrar 65,2% do total de contratações

O grande desafio ao aumento continuado do consumo é o alto nível de endividamento. Embora o endividamento tenha apresentado desaceleração, permanece em nível elevado, e os juros altos dificultam o pagamento das dívidas, alimentando a inadimplência. O percentual de famílias endividadas na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), também da CNC, caiu ligeiramente em outubro (0,1 ponto percentual) após três altas consecutivas, alcançando 79,2% do total de famílias.

Fonte: CNC

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