Dados se referem a contagem feita desde 2016 pela associação Aliança Bike; nova legislação ajudou
As vendas de bicicletas elétricas no Brasil podem ter crescido até 21% em 2024, de acordo com estimativas da Aliança Bike (os números finais ainda não foram divulgados pela associação). Segundo a entidade, que reúne agentes do setor de bicicletas no Brasil, o país vai alcançar, neste mês de janeiro, 300 mil bikes elétricas vendidas desde 2016, quando começou o monitoramento.
Naquela época, o número de e-bikes produzidas ou importadas girava em torno de 7.600 unidades por ano. De lá para cá, com a introdução de políticas públicas voltadas à mobilidade, incluindo a criação de ciclofaixas e ciclovias, as magrelas passaram a crescer e, em 2023, o país atingiu a marca de 50 mil unidades vendidas por ano.
Crescimento das bikes elétricas em 2024
A Aliança Bike espera fechar o balanço de 2024 com crescimento nas vendas que varia entre 12% e 21% nas vendas de modelos elétricas. O valor de 12% corresponde à expectativa mais conservadora da entidade. A projeção foi divulgada em novembro, quando a organização lançou seu boletim técnico do mercado brasileiro de bicicletas.
No mesmo documento, a Aliança Bike calcula que esse nicho possa ter aumento de até 21% no encerramento de 2024. Essa seria a previsão mais otimista, feita com base em uma pesquisa com seus associados.
Segundo o estudo, o mercado de bicicletas elétricas, excluindo os modelos autopropelidos (com acelerador), movimenta cerca de R$ 506 milhões ao ano. Dessas, 54% são voltadas à mobilidade urbana, enquanto 44% são mountain bikes elétricas, dedicadas ao esporte. Essas últimas costumam ter preço médio três vezes maior do que as bicicletas urbanas, sendo responsáveis pela maior contribuição no faturamento.
A Aliança Bike ressalta, em seu boletim técnico, a importância da Resolução Contran nº 996/2023. A legislação ajustou os critérios de circulação em vias públicas e determinou novos parâmetros para caracterização de ciclomotores, bicicletas elétricas e equipamentos de mobilidade individual autopropelidos, como scooters pequenas, patinetes e bicicletas elétricas com acelerador. Um dos efeitos da Resolução, publicada em junho, foi o crescimento nas importações tanto de bicicletas elétricas quanto de autopropelidas.
Fonte: Automotive Business