“Qualquer associação de classe será tão forte quanto os seus membros queiram fazê-la.”

Abraciclo revisa projeções para cima, apesar da estiagem

10/10/2024

Mercado aquecido e medidas preventivas para enfrentar a seca na região Amazônica permitiram estimar um encerramento de ano melhor

Por Décio Costa

AAbraciclo chega ao fim dos nove primeiros meses do ano mais otimista em relação ao desempenho do segmento de motocicletas para 2024. A associação que representa os fabricantes revisou para cima as projeções. Se antes estimava produção de 1,69 milhão de unidades, agora enxerga alcançar 1,72 milhão que, se realizado, anotará alta de 9,3% sobre 2023.

Também as vendas no varejo as perspectivas são positivas. A projeção anterior de 1,70 milhão de unidades foi substituída por um horizonte de 1,81 milhão de motocicletas, o que resultará em crescimento de 14,4% sobre 2023, quando os emplacamentos somaram 1,58 milhão.

Apenas as vendas externas não foram revisadas e preservam a estimativa de 35 mil embarques em 2024, o que corresponderá a uma de 6,3% sobre as 32,9 mil unidades exportadas no ano passado.

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De acordo com Marcos Bento, presidente da Abraciclo, os números mais robustos estão apoiados no mercado aquecido, bem como nas medidas tomadas para enfrentar a estiagem que afeta a região Amazônica e, por consequência, as atividades do Polo Industrial de Manaus (PIM), onde se concentram as fabricantes de duas rodas.

“O cenário é de atenção, a indústria sofreu muito no ano passado e se preparou melhor para esse ano com antecipação de produção e estoque, além de uso de portos alternativos para o escoamento, como o de Itacoatiara (AM)”, contou o presidente durante apresentação do balanço do segmento, na quinta-feira, 10. “Ainda assim, foi inevitável o aumento dos custos de produção.”

O dirigente ainda apontou as oportunidades que se apresentam para até o fim do ano, com o cenário macroeconômico estável, o uso profissional da motocicleta em entregas urbanas e a injeção do 13º salário.

Em relação aos números deste ano, a produção de motocicletas no mês passado somou 144 mil unidades, volume 12,2% menor na comparação com agosto (164 mil), mas em alta de 2,7% sobre setembro do ano passado (140,2 mil).

No acumulado do ano, saíram das linhas de montagem 1,32 milhão de motos, 11% acima do anotado um ano atrás (1,91 milhão). Segundo a Abraciclo foi o melhor resultado para os nove primeiros meses desde 2012.

As vendas no varejo em setembro foram as maiores desde 2011 com 156,6 mil motocicletas, mas 4,5% menores na comparação com agosto (163,9 mil) e 15,9% maiores sobre as do mesmo mês de 2023 (135,1 mil). De janeiro a setembro, as entregas acumularam 1,41 milhão de unidades, expansão de 19,4% sobre as 1,18 milhão de motos vendidas há um ano.

Por fim, a indústria de motocicleta do PIM exportou em setembro 1,7 mil unidades, volume 49% inferior ao de agosto, porém 35,4% superior ao mesmo mês do ano passado. Nos nove primeiros meses, os embarques somaram 23,8 mil motos, o que representou recuo de 16%.

Fonte: AutoIndústria – Foto: Divulgação Honda

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