ABNT instala comissão de estudos para qualificação de balconistas

ABNT instala comissão de estudos para qualificação de balconistas

A criação da Comissão de Estudos de Qualificação de Balconistas de Peças e Acessórios para Veículos é o primeiro passo para aprimoramentos nos processos dos comércios de componentes automotivos regidos por parâmetros de qualidade e eficiência

Participaram da reunião Sergio Alvarenga, diretor da Alvarenga Projetos Automotivos e representante do Sindirepa Nacional; Robson Breviglieri, assessor de comunicação do Sincopeças-SP; Fernando Vasconi, diretor executivo da Andap (acima); Ranieri Leitão, presidente da Associação dos Sincopeças do Brasil; Rafael Ramos, da Gerência de Normalização Nacional da ABNT; e Heber Carvalho, presidente do Sincopeças-SP

Em reunião on-line convocada pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, representantes do Sincopeças-SP, Associação dos Sincopeças do Brasil, Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças e Alvarenga Projetos Automotivos participaram da instalação da Comissão de Estudos de Qualificação de Balconistas de Peças e Acessórios para Veículos, que irá definir a primeira NBR para o varejo de autopeças e que, na prática, representará um pontapé inicial para futuros aprimoramentos nos processos internos dos comércios de componentes automotivos regidos por parâmetros de qualidade e eficiência providos pela ABNT.

O encontro para criação da CE aconteceu na Câmara Brasileira de Comércio de Peças e Acessórios para Veículos da CNC – Confederação Nacional do Comércio e teve aprovação unânime dos participantes pelo início dos trabalhos. Para coordenar a CE foi indicado o presidente da Associação dos Sincopeças do Brasil, Ranieri Leitão, e para secretariar os trabalhos, Luiz Sergio Alvarenga, diretor da Alvarenga Projetos Automotivos e representante do Sindirepa Nacional, encarregado de liderar o processo de elaboração da norma.

Como explicou Sérgio Alvarenga, a importância de uma norma para o balconista de autopeças é a criação de padrões e requisitos no campo da organização. “Do ponto de vista do profissional, o balconista já começa a interagir com uma palavra mágica que é a organização. Ele terá mais controle do passo a passo da atividade e do papel que ele desempenha”, diz.

Segundo Alvarenga, o mercado brasileiro de reposição já está acostumado com normas ABNT para serviços técnicos e a norma específica para o balconista também está ligada ao tema. “Tivemos um pioneirismo com a primeira norma de qualificação do mecânico que, de alguma forma, entra no campo de algumas habilidades e capacitações necessárias que a norma do balconista irá seguir, como por exemplo recomendações de nível de instrução e capacitação, que não são técnicas, mas conferem um norte sobre as competências que se deve ter para assumir as funções de balconista de autopeças”, avalia.

Ganho de qualidade para empresas e profissionais
Entre os benefícios imediatos que a normalização trará para esses profissionais está uma política mais clara de cargos e salários, com uma relação muita mais transparente entre empresários do varejo e seus colaboradores balconistas. “De imediato cria-se uma situação de meritocracia que pode ser construída nessa relação, como também de capacitação profissional, identificando habilidades ou deficiências que determinado profissional tenha e assim direcionar com maior assertividade sua capacitação, seja por iniciativa da empresa ou do próprio profissional, o que gera um ganho de qualidade entre as partes”, define Alvarenga.

Como complemento dessa base estruturada entre profissional e empresa, Alvarenga detalha que a qualificação cria uma certificação de competências, também chamada de certificação profissional, acreditada pelo governo brasileiro, promovida pela Organização Internacional do Trabalho, onde o Brasil é signatário. “Existem vários testes para certificação de competência que proporcionarão forte impulso ao balconista e na projeção da sua ocupação, bem como na atividade do varejo de autopeças no Brasil”, acredita.

Ponta do iceberg para nova normas
Para as próximas reuniões, previamente agendadas para as últimas quartas-feiras de cada mês, serão convidados a participar todos os elos da cadeia, desde indústrias, distribuidores, varejistas, oficinas, até entidades como IQA, Senai, Senac, além da imprensa especializada e do próprio profissional balconista de autopeças.

Alvarenga adiantou que a CE já tem um texto-base, que é o ponto inicial para os trabalhos, e a criação dessa norma é do interesse do profissional e principalmente das lojas de autopeças porque todos ganham nesse processo. “Com isso criamos uma da cadeia de valor. O objetivo é elevar a categoria do comércio varejista de autopeças e estamos iniciando esse trabalho valorizando o balconista. Essa é a ponta do iceberg para criação de novas normas do setor. Entendemos que essa é uma das formas de profissionalizar o setor. As grandes corporações sempre se valeram de normas, as oficinas de reparação andaram mais rápido porque se utilizam de muitos dados técnicos de substituição de componentes e agora chegou a hora do varejo de autopeças, que manuseia e tem um grande trabalho de logística e comercialização de produtos, com extensa capilaridade no Brasil, que requer uniformização. A ideia é elevar o patamar para cima, valorizar o profissional, a atividade econômica e consequentemente o País, além de potencializar projetos e ações de melhoria para os dois lados, seja para o empresário criar um programa de cargos e salários, seja para o profissional se capacitar melhor”, assegura Alvarenga.

O presidente da Associação dos Sincopeças do Brasil, Ranieri Leitão, agradeceu a indicação e disse que é sempre uma honra contribuir com o setor, qualquer que seja a função. “Estarei sempre à disposição para avançar e contribuir. A normalização do balconista vai valorizar não somente os profissionais, mas também as empresas incluídas nesse processo. Contem comigo”, disse.

O presidente do Sincopeças-SP, Heber Carvalho, parabenizou as indicações para a coordenadoria e secretaria da comissão. “Manifesto aqui minha satisfação com a escolha desses nomes para comandar a comissão. Fico muito feliz porque conheço a competência de ambos. O Sincopeças-SP está empenhado em contribuir para o sucesso desse trabalho”, afirmou o presidente.

O diretor executivo da Andap, Fernando Vasconi, também concordou com a indicação do coordenador e do secretário por entender que são profissionais competentes, capacitados e aglutinadores. “São os melhores nomes para comandar essa comissão”, frisou.

Informações
Imprensa Sincopeças-SP
Robson Breviglieri
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