Por Caio Bednarski
A demanda das locadoras deverá ser menor do que a Abla, associação que representa o setor de locação de veiculos, previu inicialmente. Segundo o presidente Marco Aurélio Nazaré, que participou do Fórum AutoData Perspectivas Automóveis, a projeção foi reduzida de 650 mil veículos para algo em torno de 600 mil a 620 mil unidades.
É um número inferior ao do ano passado, 650 mil veículos, e maior do que o registrado em 2023. Segundo Nazaré a razão é que o custo para compra dos veículos cresceu por causa das taxas de juros: “Mesmo que Anfavea e Fenabrave ainda projetem alta para a venda de novos veículos para as locadoras o custo do capital está alto e para o nosso negócio a demanda é alta. A taxa Selic está atualmente em 14,75%, podendo subir para até 15,25% até o fim do ano”.
A nova projeção da Abla ainda poderá ser revisada após o fechamento do primeiro semestre, afirmou o presidente, pois a entidade está analisando mês a mês o volume de compra das suas associadas que, mesmo com alto custo, ainda precisam renovar parte da sua frota.
Em abril as compras foram de quase 50 mil unidades por parte das locadoras, maior volume do ano, puxado pela necessidade de renovação e pelo baixo volume de meses anteriores, como janeiro, quando foram comprados 19 mil unidades, número que ascendeu para 27 mil em fevereiro e passou das 30 mil unidades em março.
No ano passado o número de locadoras ativas no Brasil chegou a 23,7 mil, contra 11 mil em 2020, isto porque muitas empresas pequenas, que trabalhavam na informalidade, regularizaram sua situação depois de campanha realizada pela Abla. O faturamento bruto do setor em 2024 foi de R$ 52,9 bilhões, expansão de 17,8% sobre 2023.
Fonte: AutoData