52% dos consumidores querem comprar um carro elétrico

Pesquisa global da EY mostra que acesso a estações de recarga se tornou a maior barreira para interessados (Por Victor Bianchin, AB)
52% dos consumidores querem comprar um carro elétrico

A porcentagem de pessoas em todo o mundo que desejam comprar veículos elétricos subiu para 52%, segundo novo estudo da consultoria EY. De acordo com a pesquisa, esse índice representa a quantidade de consumidores que pretendem comprar um carro nos próximos 24 meses e que afirmaram que seu próximo modelo será um elétrico ou um híbrido.


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Em 2020, esse índice era de 30% e, em 2021, pulou para 41%. Agora, pela primeira vez, ultrapassa os 50%. “Os ‘early adopters’ verdes, cujo principal propósito era ambientalista, agora estão sendo acompanhados por compradores mainstream com preocupações mais prosaicas, como razões financeiras”, diz o texto da pesquisa. Ou seja: a preocupação de que os carros a combustão vão ficar simplesmente muito caros no futuro já é uma força a impulsionar os VEs.

Apesar de a disposição do público ter se aberto, a pesquisa alerta que as redes de recarga ainda são uma barreira, tanto pela falta de disponibilidade quanto pela lentidão. Essas agora são as principais preocupações dos compradores, uma vez que os obstáculos iniciais (altos preços e baixas autonomias) estão sendo superadas pelo mercado.

Existem hoje cerca de 16 milhões de carros elétricos em circulação no mundo. A porcentagem desses veículos na rua dobrou em 2021 em relação ao ano anterior.

Outros insights da pesquisa são que as pessoas ainda estão fazendo menos viagens do que no período pré-pandemia, com 11% menos trajetos relacionados a trabalho e 8% menos trajetos relacionados a outras coisas. Isso se deve, em parte, a uma maior adoção de políticas de teletrabalho (home office). “O quanto as viagens a trabalho ainda vão se recuperar é um ponto de dúvida, pois o commuting [deslocamento diário] parece estar em um declínio secular graças ao trabalho híbrido”, diz o texto.

A pesquisa foi feita com 13 mil respondentes em 18 países.

Fonte: Automotive Business

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