Por Caio Bednarski
O segmento pesado, acima de 16 toneladas, é o que mais tem sofrido no mercado de caminhões. As vendas caíram cerca de 20% até outubro e a expectativa é que o cenário assim permaneça até o fechamento do ano. Apesar de ser a faixa de mercado em que a Scania atua seu CEO para as operações comerciais, Simone Montagna, não enxerga um iminente colapso, como afirmou o presidente da Anfavea, Igor Calvet, na semana passada:
“O segmento acima de 16 toneladas realmente está sofrendo bastante este ano. Mas não estamos perto de um colapso: mesmo a queda nas vendas, teremos um mercado de 80 mil unidades até dezembro”.
Estas 80 mil unidades representariam uma queda de 20% sobre os quase 100 mil acima de 16 toneladas vendidos no ano passado. A alta taxa de juros e o frete, que não subiu como esperavam os transportadores, são fatores que estão colaborando para o recuo nas vendas:
“A taxa de juros alta junto com o frete abaixo do esperado pelos transportadores gerou um adiamento da demanda. Os clientes estão esperando um cenário melhor para voltar a investir em renovação e expansão das suas frotas”.
Para 2026 Montagna não acredita em grandes mudanças nesse cenário, uma vez que o preço do frete não deverá passar por aumentos relevantes. A taxa de juros, por sua vez deverá ter uma queda, mas com recuo relevante apenas no final do ano, com o mercado sentindo os efeitos positivos apenas em 2027.
Com esses fatores pesando contra o mercado de caminhões no ano que vem, a projeção do presidente é de um mercado muito próximo ao de 2025, chegando perto das 80 mil unidades, podendo variar 5% para cima ou para baixo.
Fonte: AutoData





























