“Qualquer associação de classe será tão forte quanto os seus membros queiram fazê-la.”

Olhar plural fortalece evolução da cadeia automotiva

Tema foi tratado na apresentação da consultora Tania Macriani durante o Seminário da Reposição Automotiva em painel promovido pela AMMA – Associação Brasileira das Mulheres do Mercado Automotivo

13/11/2025

Por Claudio Milan

As mulheres representam hoje 24% da força de trabalho no setor automotivo, mas a presença feminina em cargos de alta gestão ainda carece de evolução a partir da média até a alta gerência. O dado foi trazido por Tania Macriani, fundadora da MHD Consultoria, especialista em mapeamento do mercado automotivo desde 2017, em palestra realizada na edição 2025 do Seminário da Reposição Automotiva. O evento ocorreu em 7 de outubro na Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Na edição 481 do Novo Varejo você encontra a primeira parte da cobertura do seminário.

A AMMA – Associação Brasileira das Mulheres do Mercado Automotivo tem se constituído numa forte inciativa para promover e valorizar a presença feminina no aftermarket brasileiro e foi responsável pela organização do painel “Mulheres que movem a reposição”, que tratou do assunto no evento.

“Se vocês perguntarem no chat GPT sobre a representatividade feminina, encontrarão que as mulheres representam 50% da população brasileira e 55% delas são economicamente ativas. Há uma carência de estudos científicos sobre a presença feminina na reposição. A equidade de gênero é um fator extremamente importante para que a gente valorize a presença feminina, porque a mulher hoje vem ocupando mais espaços e ela se prepara muito mais do que os homens no nível superior e na parte de especialização. As mulheres hoje são profissionais extremamente preparadas para estar buscando presença no setor automotivo. Outro dado é que, embora esteja crescendo a representatividade, estejamos em 24%, a presença feminina em cargos de alta gestão ainda carece de evolução a partir da média gerência até a alta gerência”, expos Tania.

A boa notícia é que 65% das empresas têm hoje programas estruturados de equidade de gênero e nos demais eixos da diversidade. “Então, nós temos 65% das montadoras e das indústrias de autopeças investindo em programas de equidade de gênero; 30% em etnia; na parte de pessoas com deficiência, muito em função da legislação, nós temos um número em torno de 50%; jovens talentos profissionais 50+, comunidade LGBTQIA+, refugiados e povos originais. A grande pergunta é: por que falar da presença feminina na sociedade, no mercado de trabalho, em especial no aftermarket? Porque empresas que investem que em diversidade e inclusão são empresas mais inovadoras, mais lucrativas, as empresas diversas têm consumidores mais engajados e colaboradores mais motivados”, disse a palestrante.

Tudo isso significa que, além de ser a coisa certa, diversidade é bom para os negócios e, portanto, deve ser encarada como uma ferramenta estratégica. “As mulheres representam 58% das vendas de automóveis no país. Segundo artigo da Ange360, mais de 50% das compras de automóveis seminovos são realizadas em CPFs femininos e há menção também que as mulheres representam 40% da compra direta e influenciam outros 30%”. Saber se o Aftermarket Automotivo seguirá o exemplo das grandes marcas ou será atropelado pela transformação da sociedade foi a questão final deixada pela apresentação de Tânia Macriani.

Fonte: Novo Varejo

Informes