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Vendas de tratores registram alta de 19,6% de janeiro a setembro

Segundo a Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores (Fenabrave), o desempenho positivo reflete o bom momento do campo

06/11/2025

Por Clarisse Sousa

Os resultados de vendas de máquinas agrícolas (tratores e colheitadeiras) no atacado – ou seja, das fábricas para as concessionárias – indicam uma recuperação significativa entre janeiro e setembro de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024.

Segundo a Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores (Fenabrave), o desempenho positivo reflete o bom momento do campo.

“Temos a expectativa de uma ótima safra, o que pode estar levando os concessionários a recompor seus estoques. Contudo, as altas taxas de juros praticadas no mercado, o atual nível de endividamento dos produtores rurais e a baixa rentabilidade podem ser fatores impeditivos para que estes mesmos resultados sejam observados no varejo até o fim deste ano”, avalia Arcelio Junior, presidente da entidade.

O dirigente diz ainda que os negócios realizados até o momento estão próximos aos níveis de 2024 e que a federação segue acompanhando os movimentos do mercado. “Estamos observando o contexto geral deste setor, que é totalmente dependente do agronegócio”, completa.

Tratores

As vendas de tratores registraram alta acumulada de 19,6% entre janeiro e setembro de 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior. Na comparação com mês de agosto, o crescimento foi de 15,7%, enquanto o resultado de setembro superou em 27,5% o desempenho de igual mês de 2024.

De acordo com Arcelio Junior, “a maior parte dos tratores comercializados é de 100 hp, destinados a produtores rurais de pequeno porte”.

Colheitadeiras

O segmento de colheitadeiras também apresentou avanço expressivo no período. Em setembro, as vendas cresceram 69,2% em relação a agosto, com 362 unidades comercializadas no atacado. No acumulado do ano, até setembro, o aumento foi de 13,7%, enquanto na comparação com o mesmo mês de 2024, houve expansão de 18,3%.

“Estamos em um ano de ótima safra, o que deveria estimular a renovação dos maquinários agrícolas como as colheitadeiras. Mas, mesmo com esse bom desempenho no atacado, as vendas no varejo ainda não alcançaram os mesmos patamares”, observa o presidente da Fenabrave.

A Fenabrave observa que, por não serem emplacadas, as máquinas agrícolas apresentam dados com um mês de defasagem, pois dependem de levantamentos junto aos fabricantes.

Fonte: Máquinas & Inovações Agrícolas

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