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Dicas para conservar embreagens viscosas e hélices com segurança

Hermes Santos, CEO da Modefer, explica em dicas como conservar as peças com segurança, garantindo a vida útil dos veículos

29/10/2025

De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entre janeiro e setembro deste ano foram adquiridos cerca de 1,9 milhões de veículos no Brasil, incluindo carros, caminhões e ônibus. Esse número é o maior desde a pandemia de Covid-19, que trouxe baixas consideráveis ao segmento.

Pensando neste aumento, a conservação dos motores é uma estratégia fundamental para garantir a vida útil e, em casos de frotas corporativas, diminuir custos excessivos com reparos. Contudo, Hermes Santos, CEO da Modefer, líder nacional na fabricação de hélices e embreagens viscosas, afirma que muitas pessoas (e até empresas) ignoram a manutenção preventiva de peças que podem comprometer o veículo como um todo.

Hermes Santos

“Hélices e embreagens viscosas são exemplos de equipamentos ainda pouco conhecidos dos motoristas. Como são ligadas diretamente ao sistema de arrefecimento, ambas podem comprometer a refrigeração do motor, provocando superaquecimento, perda de potência, aumento de consumo de combustível e desgaste prematuro de peças vitais. Então, não basta adquirir um automóvel novo e dispensar completamente sua manutenção”, opina o CEO.

Abaixo, o especialista nos traz quatro dicas essenciais para manter essas duas peças cruciais para os motores dos veículos funcionando em boas condições.

1 – Invista em manutenção preventiva

A abordagem preventiva é significativamente mais vantajosa do que aguardar o pior para agir. Enquanto a manutenção corretiva ocorre após a falha, envolvendo custos elevados, tempo de inatividade e comprometimento da confiabilidade do veículo, a preventiva trabalha com inspeção e substituição programada antes que os problemas aconteçam.

“Ignorar a manutenção de hélices e embreagens pode custar caro. A manutenção preventiva garante custos previsíveis e baixo impacto operacional, evitando surpresas desagradáveis”, destaca Hermes.

2 – Observe os sinais de desgaste

Saber identificar os primeiros indícios de problemas pode fazer toda a diferença. Ruídos incomuns, vibrações anormais, aumento da temperatura do motor e ventilação insuficiente são alertas que não devem ser ignorados. Outros sinais incluem vazamentos de fluido viscoso e perda de torque durante a condução. A recomendação é realizar inspeções a cada 20 a 30 mil quilômetros ou em revisões periódicas semestrais.

“Quando o motorista entende o comportamento do veículo, ele consegue identificar anomalias logo no início, evitando danos maiores. O superaquecimento, por exemplo, pode começar com algo simples, como uma hélice desbalanceada. Por isso, é essencial observar ruídos, vibrações e alterações na temperatura. O veículo sempre dá sinais antes de parar”, reforça Hermes.

3 – Estude sobre manutenção e conservação dos veículos

A educação técnica é fundamental para garantir a longevidade e o bom funcionamento dos veículos. Compreender como funcionam as peças e quais cuidados elas exigem ajuda motoristas e gestores de frotas a tomarem decisões mais assertivas sobre manutenção.

“Nós buscamos sempre estar em contato para ajudar nossos parceiros. Um bom exemplo é a Modefer Academy, treinamentos que realizamos presencialmente com os motoristas e gestores para que eles entendam e aprendam quando devem realizar a manutenção. Além disso, nós mostramos exemplos de embreagens e hélices desgastadas e isso impressiona muito porque são componentes de dentro do motor que muitos motoristas de anos desconhecem. Nós também sempre buscamos regularmente publicar materiais educativos, além de palestras e suporte técnico especializado. Tudo para ajudar quem transporta pelo Brasil a fora”, explica Hermes.

4 – Manutenção regular é sinônimo de competitividade

Encare a manutenção como investimento, não como despesa. Revisar hélices e embreagens regularmente é garantir segurança e economia. Para empresas, essa prática se traduz em vantagens competitivas concretas: maior disponibilidade da frota, menor custo operacional, entregas no prazo e maior confiabilidade junto aos clientes.

“Os riscos de negligenciar essa conservação incluem quebras repentinas, necessidade de reparos de alto custo e até a troca completa do motor. Financeiramente, o prejuízo se multiplica em horas paradas, multas por atrasos e aumento de consumo de combustível”, conclui o CEO da Modefer.

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