“Qualquer associação de classe será tão forte quanto os seus membros queiram fazê-la.”

Já não existem ilhas no Aftermarket Automotivo nacional

Momento é marcado pela integração em prol do fortalecimento das pautas do mercado como um todo.

08/10/2025

Por Claudio Milan

Quando a reposição automotiva nacional selou a criação da Aliança Aftermarket Automotivo por meio da assinatura da Carta de Fortaleza, em agosto de 2022, os líderes dos diferentes elos que compõem o setor visualizaram o início de uma nova era. Um momento marcado pela integração em prol do fortalecimento das pautas do mercado como um todo.

Pouco mais de três anos depois do movimento, o que se vê é a tradução desse espírito na união não só entre os entes nacionais, mas também na aproximação dos representantes das diferentes regiões. Quem compareceu à Autonor 2025 no último mês de setembro, pôde ver as lideranças de diferentes estados circulando pelos corredores do Centro de Convenções de Pernambuco, bem como a presença massiva de marcas de alcance nacional.

Para as empresas e profissionais do setor, tão ou mais importante que qualquer demonstração simbólica de união é o fato do mercado estar cada vez mais parelho no que diz respeito à maturidade operacional e tecnológica. De lideranças de entidades a executivos do alto escalão que estiveram na feira, todos foram unânimes em afirmar que já não existe gap entre a distribuição, a venda e a aplicação de peças nas regiões Norte e Nordeste e o trabalho realizado pelos players do Sul e do Sudeste brasileiro.

Para um setor que movimenta mais de R$ 100 bilhões por ano isso é fundamental.

Afinal, essa paridade de maturidade das diferentes regiões permite que as grandes empresas possam desenhar estratégias de maneira nacionalizada, deixando as particularidades regionais para questões específicas como é o caso da comunicação e do relacionamento comercial.

Esse cenário faz, entre outras coisas, com que esses players considerem aumentar seus investimentos em determinados locais – algo que, nessa Autonor, teve a primeira participação da Eaton na história da feira como um exemplo importante.

 Para além dos fabricantes de autopeças e empresas diretamente envolvidas no core business do Aftermarket, o fato de o país todo estar ‘na mesma página’ também cria uma espécie de ímã de atração de investimentos para o setor.

Quer um exemplo? Bom, ao pensarem em investir em soluções voltadas à reposição, empresas de tecnologia não irão considerar que as oportunidades se restringem a um setor que atende uma frota de 47 milhões de automóveis (soma de Sul e Sudeste), mas estão espalhadas por um mercado que atende o gigantesco volume de 63,9 milhões de veículos, de diferentes segmentos.

Mais do que projeções, todo esse cenário produziu resultados objetivos na Autonor 2025, edição que, pelo segundo ano consecutivo, ultrapassou a marca dos 55 mil visitantes e movimentou mais de R$ 100 milhões em negócios realizados.

Quem atua no Aftermarket Automotivo sabe que ainda há muito o que avançar. Já não há dúvidas, no entanto, de que a integração será o motor responsável por tangibilizar e dar escala a esses próximos passos.

Fonte: Novo Varejo

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