Embora menos citadas do que os óleos lubrificantes, as graxas automotivas estão presentes em diversos pontos essenciais dos carros, desempenhando um papel fundamental na segurança e na durabilidade das peças. Em manuais técnicos, a aplicação de graxas é recomendada em componentes como rolamentos de roda, juntas homocinéticas, pinos de suspensão, articulações da direção e dobradiças, formando uma camada protetora que reduz o atrito, evita desgaste prematuro e impede a corrosão.
A falta de aplicação correta em rolamentos, por exemplo, é responsável por até 80% dos problemas comuns no mecanismo, conforme revela o levantamento da Plant Engineering. José Cesário Neto, coordenador de capacitação e suporte técnico dos lubrificantes Mobil™, destaca que comumente a falta de graxa ou a escolha inadequada pode causar ruídos, trepidações, superaquecimento e , dependendo da peça envolvida, até travamentos nos veículos.
“Diferente dos óleos lubrificantes, que são amplamente lembrados nas revisões, as graxas atuam em pontos mais discretos e têm a função vital de reduzir atrito, evitar desgaste prematuro e proteger contra contaminações como água e poeira. Por isso, é fundamental seguir as recomendações do fabricante do veículo e contar com produtos de qualidade, que oferecem soluções específicas para cada componente automotivo”, explica.
Com base nesse contexto, o especialista destaca cinco dicas práticas para escolher a graxa ideal para cada tipo de veículo:
Consulte sempre o manual do veículo
Siga as recomendações do fabricante quanto ao tipo, classificação e frequência de aplicação.
Avalie o local de aplicação
Componentes como juntas expostas à água exigem graxas resistentes à lavagem, enquanto rolamentos sujeitos a cargas elevadas precisam de formulações robustas, que garantam maior proteção.
Pondere sobre o tipo de espessante da graxa
Existem diversos espessantes, que são os responsáveis por armazenar e prover o óleo para lubrificação, como lítio, sulfonato de cálcio etc., e de diferentes propriedades específicas de proteção, estabilidade térmica e retenção. Para escolher a mais adequada para seu veículo, se atente ao que o manual sugere e à tipologia do produto que você está comprando.
Evite misturar tipos diferentes de graxa
A incompatibilidade pode reações indesejadas que resultam, por exemplo, em perda ou ganho de consistência (amolecimento ou endurecimento da graxa) e redução na capacidade da graxa suportar temperatura. Faça uma limpeza completa antes de trocar de graxa.
Prefira produtos de qualidade e reconhecidos
Marcas confiáveis oferecem testes, suporte técnico e garantias que ajudam a assegurar performance e durabilidade.
Fonte: Balcão Automotivo
