Por Christiane Benassi
O setor automotivo brasileiro movimentará mais de R$ 885,8 bilhões até o final de 2025, ou seja, 11,8% a mais que os R$ 792,2 bilhões que circularam ao longo do ano passado. Tal cenário indica que as despesas com veículo próprio chegam a comprometer 11,7% do orçamento familiar. Os dados são da Pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo nacional há mais de 30 anos, com base em fontes oficiais.
Esse crescente volume de gastos na categoria vem se repetindo nos últimos cinco anos, chegando a superar, inclusive, segmentos como alimentação e bebidas no domicílio, que representam R$ 780,5 bilhões ou 10,3% do orçamento doméstico. Segundo Marcos Pazzini, responsável pelo estudo, esse comportamento pode ser explicado pela alta demanda, desde o início da Covid-19, por transportes via aplicativos e deliveries, tanto pelo consumidor, quanto pelos trabalhadores.
Neste cálculo, são levadas em conta os desembolsos da população referentes à gasolina, álcool, consertos de veículos, estacionamentos, óleos, acessórios/peças, pneus, câmaras de ar e lubrificações/lavagens, além da aquisição de veículos.
Na liderança do ranking nacional, o estado de São Paulo responderá por R$ 236,8 bilhões das despesas; seguido por Minas Gerais com R$ 90,1 bilhões; Paraná e seus R$ 73,1 bilhões; e Rio de Janeiro, na quarta posição, totalizando R$ 62,4 bilhões nos gastos das famílias com veículos próprios.
Também em evolução está a frota de veículos, incluindo todos os tipos, entre automóveis, ônibus, caminhões, motos, etc. Se em 2024 todo esse conjunto somava mais de 121 milhões, a expectativa é de que, neste ano, tal balanço seja de cerca de 126,4 milhões.
Com o consumo e a frota em crescimento, a quantidade de comércio e reparação também evolui. Do ano passado para cá, houve um aumento de cerca de 3,8% das lojas existentes, totalizando atualmente 1.021.007 empresas automotivas no Brasil. Essa alta deve-se, principalmente, às Empresas de Pequeno Porte (EPP), já que sozinhas foram responsáveis pela abertura de 11.646 unidades no período, o que representou um avanço de 26,3% no cenário empresarial nacional.

Fonte: Novo Varejo