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Em seu terceiro dia, FIEE debate eficiência, flexibilidade e energias renováveis

Programação do 1º Congresso da Indústria Eletroeletrônica foi encerrado com painel internacional. Feira segue até essa sexta-feira, dia 12, no São Paulo Expo

12/09/2025

FIEE combina debates estratégicos com a exposição de inovações e tecnologias

Na busca por maior eficiência e sustentabilidade na indústria, a transição energética se faz necessária e na maior feira internacional voltada para o setor eletroeletrônico, a FIEE (Feira Internacional da Indústria Elétrica, Eletrônica, Energia e Automação), o tema foi amplamente debatido durante o terceiro e último dia do 1º Congresso da Indústria Eletroeletrônica.

No primeiro painel do dia, Camila Schoti, diretora executiva de Marketing e Comercial da (re)energisa, destacou que a transição energética exige a combinação de diferentes tecnologias para garantir confiabilidade ao setor industrial. “Essa confiabilidade decorre da capacidade de combinar diferentes fontes e soluções para entregar o que o cliente precisa, conciliando sustentabilidade, competitividade e segurança do sistema”, afirmou.

Ela ressaltou ainda a relevância de discutir o tema no ambiente de uma feira corporativa voltada para o setor industrial. “É essencial trazer essa discussão para dentro da FIEE, que reúne parte relevante da indústria brasileira”, declarou.

Painel sobre eficiência energética no 1º Congresso da Indústria Eletroeletrônica na FIEE

Transição energética

Reunindo representantes de empresas como Sabesp, Motiva, Volkswagen Caminhões e Ônibus e Cemig SIM, o painel “Consumidores 4.0 – Preparando-se para a Transição Energética e o Mundo dos Recursos Energéticos Distribuídos” apresentou iniciativas que vão da diversificação com biogás e energia solar ao avanço da eletromobilidade e da geração distribuída. Os debatedores destacaram que a transição energética exige inovação, novos modelos de negócio e previsibilidade nos custos.

“Precisamos ter um olhar amplo sobre a transição energética, que impacta decisivamente empresas e consumidores”, afirmou Diego Martins, da Motiva.

Diante do cenário de transição energética e dos desafios de manter a competitividade em um mercado globalizado, lideranças de diferentes setores mostraram no painel “Eficiência Energética como Pilar da Resiliência Industrial” que, diante da volatilidade de preços e das pressões ambientais, a eficiência energética não é apenas um diferencial, mas uma necessidade para garantir crescimento sólido.

Fabio Bortoluzo, presidente da Atlas Renewable Energy no Brasil, um dos participantes do painel, ressaltou que a combinação de fontes renováveis e sistemas de armazenamento é fundamental para garantir estabilidade e viabilizar a eletrificação das cadeias produtivas.

Painel internacional

Encerrando a programação, o congresso trouxe um painel internacional, que destacou como a flexibilidade energética é essencial para integrar fontes renováveis e garantir estabilidade da rede elétrica. Kit Fitton, Strategy Manager da Octopus Energy, apresentou experiências do Reino Unido e de outros mercados, mostrando mecanismos como Mercado de Capacidade, Balanceamento e Gerenciamento de Curvas de Carga para ajustar consumo e produção.

“O futuro é ter dispositivos conectados, que possam responder automaticamente aos sinais de preço ou disponibilidade da rede, permitindo absorver mais energia limpa e reduzir custos para os consumidores”, afirmou Fitton.

Para Rodrigo Bueno, gerente de produto da FIEE, a combinação de debates estratégicos com a exposição de inovações e tecnologias na FIEE reforça o papel estratégico da feira como espaço de conexão entre conteúdo técnico e soluções práticas para o setor. “A FIEE permite que o conhecimento e a tecnologia caminhem juntos, criando oportunidades reais de transformação para a indústria brasileira”, concluiu.

Confira a cobertura completa do 3º dia da FIEE e do Congresso da Indústria Eletroeletrônica no blog (clique aqui).

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