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Participação do mercado de reposição nas autopeças cresce 3,6% em maio

O faturamento nominal da indústria de autopeças cresceu +1,2% entre abril e maio

13/08/2025

Por Christiane Benassi

O faturamento nominal da indústria de autopeças cresceu +1,2% entre abril e maio, impulsionado pelo bom desempenho das vendas para montadoras (+1,2%) e para o mercado de reposição (+3,6%). As vendas intrassetoriais também se destacaram na variação mensal, com alta de +6,5%, refletindo principalmente o fortalecimento das transações com montadoras. Por outro lado, o faturamento decorrente das exportações apresentou retração no mês, com queda de -2,5% em reais. Em dólares, o recuo foi generalizado: -0,8% na comparação mensal, -6,5% na comparação anual e -1,2% no acumulado em 12 meses.

Apesar da situação, o valor exportado de autopeças se manteve elevado ao longo dos cinco primeiros meses de 2025 (gráfico 1), com crescimento de 4,6% no acumulado do período. Tal movimento indica que a valorização do real no período, embora possa ter aliviado parte dos custos de produção, também pode ter exigido ajustes nos preços em dólar para manutenção da competitividade, contribuindo para a desaceleração do faturamento (em dólar), mesmo diante dos resultados favoráveis das exportações.

Os resultados observados confirmam as expectativas captadas na Sondagem Mensal da Indústria de Autopeças (edição de junho/25 com dados de maio). Na ocasião, a maioria das empresas já projetava desempenho favorável para o mercado interno, especialmente no segmento de reposição — o qual de fato apresentou crescimento expressivo no mês. As vendas para montadoras e no mercado intrassetorial também avançaram, em linha com as projeções mais moderadas, porém ainda positivas, apontadas por boa parte das empresas. Por outro lado, o desempenho mais fraco das exportações já era antecipado por grande parte dos respondentes: apenas 25,6% previam alta nas vendas externas frente a abril. Assim, os dados de maio validam as expectativas reveladas pela Sondagem, reforçando sua utilidade como instrumento de antecipação de tendências no setor.

Por fim, o número de empregados recuou 3,6% entre abril e maio, com desaceleração da variação anual em 1,4 p.p., indicando perda de dinamismo na geração de empregos. Por outro lado, a utilização da capacidade produtiva avançou para 75%, alta de 1,6 p.p. em relação ao mês anterior. Na comparação com o acumulado entre janeiro e maio de 2024, o indicador subiu 1,0 p.p., sugerindo que a atividade industrial segue em ritmo aquecido.

Fonte: Novo Varejo

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