“Qualquer associação de classe será tão forte quanto os seus membros queiram fazê-la.”

Chineses deverão representar 12% do mercado em 2030

Projeção é da Bright Consulting, que mapeou treze marcas competindo e outras seis que chegarão em breve

01/08/2025

Treze marcas chinesas operam no Brasil, atualmente, com volume relevante, segundo mapeamento da Bright Consulting. Outras seis estão para chegar em breve, de acordo com o COO Murilo Briganti, que explica a razão: com alta capacidade produtiva, de cerca de 30 milhões de veículos por ano, elas competem em um mercado que gira em torno de 27 milhões de veículos.

“Como há excedente no mercado interno o projeto é buscar volumes maiores em mercado externos”.

Embora assustem pela quantidade de marcas, os volumes ainda não são tão elevados: as projeções da Bright para 2025 são de que elas respondam por 8,8% das vendas no mercado brasileiro, subindo para 10,3% em 2027 e 12,5% em 2030.

“É reflexo do preço competitivo em veículos que entregam alto nível de tecnologia e qualidade. Existem também investimentos agressivos em marketing, rede de concessionárias e de distribuição de peças para o pós-vendas”.

Outro fator que deverá ajudar este avanço é a parceria com marcas já estão estabelecidas. Dois exemplos são Geely com a Renault e a Leapmotor com a Stellantis.

Produção local

Aquelas que optarem por produção local abocanharão fatia maior do mercado, segundo Briganti. A BYD deverá chegar a cerca de 200 mil unidades vendidas por ano até 2030 e a GWM atingirá um volume próximo de 100 mil veículos anuais, de acordo com as projeções:

“No caso da BYD, eles têm uma expectativa superior à da nossa projeção. Acontece que as empresas de volume e que já estão aqui há muito tempo deverão contra-atacar para tentar, de alguma forma, reduzir o avanço destas newcomers. Porque, para as novas crescerem, algumas tradicionais terão que perder mercado e nenhuma delas aceitará sem jogar o jogo”.

Briganti acrescentou que nem todas as marcas chinesas que estão chegando sobreviverão no complicado mercado local. Já existem exemplos recentes de marcas que chegaram e sofreram, como a Neta, que ainda não emplacou volumes relevantes, e a Seres, que em poucos meses encerrou sua operação local de importação e vendas:

“Ainda há a questão da venda direta, que representa aproximadamente metade do nosso mercado. As locadoras, por exemplo, não devem comprar veículos eletrificados importados por causa da sua alta desvalorização, o que traria grandes efeitos negativos na hora da revenda para renovação de frota”.

Chineses eletrificados

Até 2030, de acordo com a projeção de Briganti, as marcas chinesas também abandonarão a venda de modelos com motor apenas a combustão apostando em veículos híbridos ou elétricos, que é o foco da produção das fábricas na China. 

Atualmente 35% do que é vendido pelas chinesas no País tem motor apenas a combustão e devem ser substituídos, em sua grande maioria, por híbridos plug-in, que deverão representar 56,2% do total vendido pelas chinesas em 2030. Os elétricos deverão ter fatia de 27%, os híbridos convencionais de 13,1% e os híbridos leves de 3,7%.

Fonte: AutoData

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