Por Alzira Rodrigues
Em direção contrária ao que se verifica no caso dos automóveis e caminhões, houve rejuvenescimento do acervo de motocicletas no Brasil. Apesar de ainda ser elevada, a idade média dos veículos duas rodas baixou para 8 anos em 2024, com redução de 4 meses em reação ao apurado em 2023.
É o que mostra relatório do Sindipeças disponível no site da entidade, reflexo, segundo a entidade, do ritmo aquecido de produção e vendas do segmento nos últimos anos.
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A frota de motocicletas foi a que mais cresceu no ano passado, saltando de 13,3 milhões em 2023 para 14 milhões, alta de 5,7%. Entre 2015 e 2021 essa frota chegou a cair, estabilizando-se em torno de 12,9 milhões/ano. Voltou a crescer a partir de 2022, garantindo expansão de 2,9% na década.
Em 2015, 85% da frota de motocicletas tinha até 10 anos. Em 2024, essa proporção caiu para 65%, mostrando um envelhecimento progressivo. As faixas etárias mais altas (11 a 20 anos) dobraram de participação, passando de 15%
para 35% da frota total.
“É importante compreender que apesar do crescimento nas vendas a partir de 2020 e da vida útil das motocicletas ser menor que a dos autoveículos, não necessariamente a idade média de 8 anos é a ideal”, considera o Sindipeças.
Segundo a entidade, por estarem sujeitas a maiores riscos de acidentes e perda completa, incide sobre as motocicletas taxa de sucateamento maior do que em autoveículos.
O crescimento das vendas a partir de 2022 é consequência, na opinião do Sindipeças, do elevado preço dos automóveis, facilidades de pagamento (consórcios), agilidade nos deslocamentos mais curtos, aumento das entregas em domicílio (delivery) e preferência pelo transporte individual.
Entre 2022 e 2024, a produção de motos cresceu, em média, 13,6% e os emplacamentos subiram 17,5%, o que foi determinante para o crescimento de 5,7% na frota em circulação nas ruas e estradas brasileiras.
Fonte: AutoIndústria