WEG é uma das empresas envolvidas na iniciativa, com investimento prometido de R$ 1,8 bilhão
Por Victor Bianchin, AB
Nesta última quarta-feira, 30, o governo federal anunciou um pacote de investimentos de R$ 1,6 trilhão destinado a projetos de infraestrutura, saneamento básico, moradia e mobilidade até 2033. E isso diz respeito diretamente ao futuro dos veículos elétricos (VEs) no Brasil.
Desse montante anunciado, R$ 1,06 trilhão virá do setor privado e o restante será em linhas de crédito e subsídios do poder público. A iniciativa faz parte da Missão 3 da Nova Indústria Brasil (NIB), política pública de incentivo ao setor lançada em janeiro deste ano.
Entre as prioridades da Missão 3 da NIB está o desenvolvimento de uma cadeia produtiva de baterias, que são essenciais para o mercado de VEs. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) estabeleceu a meta de, até 2026, ter pelo menos 3% dos veículos eletrificados brasileiros circulando com baterias nacionais. Para 2033, o objetivo é chegar a 33%.
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O anúncio ocorreu em cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No mesmo evento, a WEG (multinacional brasileira de equipamentos de energia) revelou que pretende realizar um aporte de R$ 1,8 bilhão na indústria nacional para a fabricação de baterias para carros elétricos em larga escala até 2029.
Daniel Godinho, diretor de sustentabilidade e relações institucionais da fabricante, pediu no evento que o governo destaque atenção especial a duas pautas para garantir o sucesso do programa. Uma delas é a mobilidade elétrica, ou seja, a criação de estrutura e incentivos à transição dos carros a combustível para os VEs. A outra são os sistemas de armazenamento de energia em baterias, mais conhecidos pela sigla BESS.
“O BESS conta com fabricação nacional e nós temos necessidade de viabilizá-los, porque ele garante a estabilidade da rede com a maior penetração de renováveis. Mais BESS significa mais eólicas e solares no Brasil, portanto é uma necessidade. E, por isso, precisamos antecipar a entrada de BESS nos leilões”, afirmou Godinho.
Ele também pediu que o governo assegure a chegada dos 2.500 ônibus elétricos prometidos pelo PAC e que invista em corredores sustentáveis.
Brasil tem insumos suficientes para alavancar baterias nacionais
No evento, foi lembrado que o Brasil tem grandes reserva de lítio e outros minerais usados na fabricação de baterias elétricas, mas que quase toda a extração desses minérios hoje é exportada para a produção do componente fora do país. Além da WEG, a BYD e a BorgWarner também estão investindo na produção de baterias dentro do Brasil.
Ainda no que diz respeito à mobilidade dentro do evento, o governo declarou que, entre as prioridades para o futuro, estão o desenvolvimento das cadeias metroferroviárias e dos sistemas de propulsão para veículos automotores.
Fonte: Automotive Business