Por Ricardo de Oliveira
Os casos de roubo de peças de carros de luxo, como os faróis de modelos da Porsche, por exemplo, sempre foram descritos como tendo como destino o mercado clandestino de autopeças e isso ficou bem explícito num desmanche encontrado na Grande São Paulo.
Numa reportagem da Band TV, um galpão na cidade de Osasco, tinha em seu interior, uma enorme quantidade de peças de veículos de alto luxo, distribuídas num espaço de mais de 3 mil metros quadrados.
Segundo a primeira delegacia do DEIC, a quantidade de peças e componentes de carros luxuosos tem um valor estimado em cerca de R$ 20 milhões. Para encontrar o local, os agentes da Polícia Civil de São Paulo, investigaram inicialmente a partir de uma denúncia da internet.
Uma oferta de farol de um modelo da Porsche chamou atenção de um site de vendas online e o Detran foi acionado para prover dados sobre a peça e o DEIC foi acionado para prover uma vistoria no local.
Lá, a suspeita de um desmanche clandestino foi confirmada, com os agentes encontrando grande quantidade de peças e componentes de carros de alto luxo importados, tendo entre os itens, motores, faróis, peças de funilaria, freios, suspensão, entre outros.
A suspeita é que muitas das peças seriam oriundas de carros roubados ou furtados, como os casos de furtos de faróis e rodas, por exemplo. Numa das ofertas, uma bomba de combustível da Ferrari 458 Itália era anunciado por um preço bem abaixo dos estimados R$ 100 mil, por exemplo.
Outro exemplo era de um farol de Porsche que no mercado tem valor de R$ 38 mil, mas no site do desmanche, era vendido por R$ 5.500. Motores de Mustang, Lamborghini, Ferrari e Porsche, também foram encontrados no local.
Segunda a delegada Leslie Caram, havia no local peças usadas e também componentes de origem chinesa, embalagens de marcas famosas, além de algumas falsas. Várias peças sem condições de rastreabilidade chamaram a atenção das autoridades e ampliam a suspeita de roubos e furtos.
O que foi verificado no local é que o dono do estabelecimento importava peças da China e as reembalava com as marcas de fabricantes de carros e alto luxo, de modo a vendê-las como sendo originais.
Para ludibriar os clientes, estas embalagens falsas recebiam números de série e etiquetas do Inmetro igualmente falsificadas. Freios, amortecedores, cintos de segurança e até airbags, todos falsos, eram vendidos como originais, o que pela lei é proibido.
Fonte: Notícias Automotivas
