Por Vitor Matsubara
A produção de motos no Brasil cresceu 11,3% em 2023, em comparação com os números do setor no ano anterior.
Segundo números da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), as empresas instaladas no Pólo Industrial de Manaus fabricaram 1.573.221 unidades no ano passado.
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Com isso, a indústria superou a expectativa de atingir o volume de 1,56 milhão de motocicletas produzidas. De quebra, o setor obteve o melhor resultado de produção de motos anual desde 2013.
“Todas as fabricantes mantiveram o ritmo de produção, apesar das dificuldades surgidas no decorrer do ano. Isso comprova o esforço do setor na busca do crescimento sólido e sustentável”, disse Marcos Bento, presidente da Abraciclo.
Motos de baixa cilindrada dominam mercado
As vendas no varejo tiveram crescimento anual de 16,2% frente a 2022. O total comercializado foi de 1.582.032 unidades.
O maior crescimento porcentual foi do segmento de motocicletas de média cilindrada. No ano passado, foram licenciadas 234.529 motocicletas, volume 21,3% superior ao registrado em 2022.
Mesmo assim, em números absolutos, os modelos de baixa cilindrada lideraram o ranking de emplacamentos, com 1.297.780 unidades. Este volume corresponde a nada menos do que 82% do mercado.
Quanto às exportações, as associadas da Abraciclo exportaram 32.931 motocicletas em 2023. O número representou retração de 40,5% na comparação com o ano anterior.
Projeção para 2024 é de alta
A Abraciclo estima que 1.690.000 motocicletas serão produzidas em 2024. Caso a meta seja atinja, essa quantidade representará crescimento de 7,4% em comparação ao volume registrado no ano passado.
“A projeção se baseia nos cenários macroeconômicos do Brasil, considerando fatores como as expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), inflação, variações nas taxas de juros e a confiança do consumidor. Nossa meta é seguir crescendo de forma sustentável e retornar ao patamar de produção de dois milhões de unidades nos próximos anos”, afirma Bento.