A manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano (a.a.), na primeira reunião do ano do Conselho de Política Monetária do Banco Central (Copom), realizada na última quarta-feira (1º), afetará a vida do setor empresarial e o consumo das famílias. Esta foi a quinta vez seguida que o Banco Central (Bacen) mantém a taxa neste patamar. A decisão, publicada nesta quinta-feira (2), não surpreendeu o mercado.
Embora a medida do banco ajude no controle da inflação, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) acredita que o ideal seria iniciar, de forma segura, o ciclo de redução da taxa de juros. Este movimento contribuiria para aquecer a atividade econômica e para que as famílias obtivessem crédito, a fim de quitar os compromissos em atraso.
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Neste cenário de juros altos:
* os investidores são estimulados a injetar recursos em aplicações financeiras. Consequentemente, isso contribuiu para a diminuição da demanda agregada (investimentos, consumo dos lares, gastos do governo e transações comerciais). Em outras palavras, o dinheiro sai da economia real, para ficar “parado” no banco;
* pela ótica das famílias, o crédito fica mais caro e a inadimplência pode crescer. O não pagamento das dívidas encarece o crédito e influencia negativamente o caixa dos negócios;
* pela ótica das empresas, todas as modalidades de crédito – algumas importantes para as operações diárias, como capital de giro e antecipação de duplicatas – ficam mais caras, demandando esforço maior nas vendas e retorno do negócio para quitar o compromisso feito – ou recebimento de recursos adiantados.
* setores como de construção civil, eletrodomésticos, veículos (dependentes de financiamento) sofrem mais neste ciclo.
Para ajudar o(a) empresário(a) nesta questão financeira, a FecomercioSP faz um mapeamento das taxas de juros prefixadas cobradas nas principais linhas de crédito às pessoas jurídicas. Cadastre-se para acessar o material.
Fonte: FecomercioSP