O fechamento de dezembro alcançou 202.100 unidades entre automóveis e comerciais leves – maior volume do ano, superando agosto que teve pouco mais de 194 mil vendas. Esse número é 5,3% superior ao resultado de novembro, 191.839 emplacamentos e 4,2% superior aos 193.555 veículos vendidos em dezembro de 2021. Porém é inferior às quase 233 mil unidades vendidas no último mês de 2020, primeiro ano da pandemia e da recuperação em “V”.
Nas vendas diárias o avanço é maior com 8,9% versus o mês equivalente do ano passado, porque dezembro de 2021 teve um dia útil a mais: foram 9.186 contra 8.434 emplacamentos por dia. O melhor ritmo de vendas ficou com novembro, com quase 9.600 emplacamentos ao dia.
O ano fechou com 1,954 milhão ou 1,2% inferior a 2021. É o terceiro ano consecutivo em que a indústria fecha levemente abaixo dos 2 milhões, consequência da pandemia, da crise logística, da falta de semicondutores, do aumento de preços e do aumento da taxa de juros. Foram tantas as barreiras que devemos comemorar a manutenção dos volumes.
Outro fato positivo foi o crescimento observado no segundo semestre, com 57% do volume do ano contra 54% em um ano estável. Esse crescimento faz 2023 começar em um patamar mais elevado do que 2022 e que leva aos 2,2 milhões de unidades estimados pela Bright Consulting para o ano que se inicia.
A participação das vendas diretas é o principal argumento para o bom ritmo, com 50,6% dos emplacamentos do segundo semestre versus 42,4% no primeiro. De forma contrária aos anos anteriores, o peso das vendas diretas de dezembro (43,8%) foi inferior a novembro (54,6%), provavelmente pela antecipação das compras. Esse comportamento foi alavancado pelos planos de assinatura, cujos preços caíram a valores mais competitivos e são uma alternativa satisfatória para quem tem poucos recursos para uma entrada robusta nestes tempos de juro alto.Em função desse grande peso de locadoras no emplacamento, Minas Gerais e São Paulo comandaram a participação das vendas do ano, com 25 e 24% do volume nacional. O terceiro estado é o Paraná, também reduto de locadoras, com 7%.
O ritmo das vendas ao varejo puro (showroom) representam melhor a força do mercado e demonstraram crescimento sólido durante o ano: de uma média abaixo de 3.876 veículos por mês no primeiro semestre, passaram a 4.304 no segundo, com 5.161 emplacamentos em dezembro. Sinal de bom ritmo para iniciar 2023.Todos os equipamentos de auxílio à condução cresceram 2023 com destaque para REVERSE CAMERA, COLLISION MITIGATION BRAKING SYSTEM, TURBO, ADAPTIVE CRUISE CONTROL e o retorno de NAVEGAÇÃO EMBARCADA, onde os veículos têm centrais multimídia com GPS sem a necessidade de conexão com o celular.
A venda de veículos eletrificados alcançou 46.868 unidades, equivalente a 2,4% das vendas totais, versus 1,7% no ano anterior. Os veículos elétricos puros movidos a bateria (BEV) representam 17% desse total. Os mild hybrid dobraram sua fatia e alcançaram 18 % dos eletrificados. Os restantes 65% ficaram distribuídos entre híbridos e híbridos plug-in, na proporção de 70/30%. Os maiores destaques vieram pelas montadoras TOYOTA e CAOA, com Corolla Cross, Corolla, Tiggo 5X PRO e Tiggo 7.
A Bright Consulting continuará monitorando o mercado e revisará rotineiramente nas próximas semanas seus prognósticos sobre os impactos da pandemia do coronavírus no setor automotivo. http://www.brightisd.com/.
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